Ferrari explica decisão de não mandar Leclerc e Sainz aos boxes em safety-car de Miami

Chefe da Ferrari, Mattia Binotto argumentou que equipe só possuía um jogo de pneus duros para colocar nos carros, o que não se traduziria em vantagem dentro da pista

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O safety-car acionado pela batida entre Pierre Gasly e Lando Norris, que fez a McLaren do britânico rodar durante a disputa do GP de Miami, no último domingo (08), poderia ter gerado uma situação interessante para a Ferrari. Logo após a direção de prova decidir evoluir o VSC para a entrada do carro de segurança, o líder Max Verstappen já havia passado pelos boxes, enquanto os carros italianos não — o que poderia gerar uma opção estratégica diferente.

A equipe tinha a opção de parar Charles Leclerc e Carlos Sainz naquele momento para tentar um ataque após a relargada, mas optou por manter os pilotos na pista. Após a prova, Mattia Binotto — chefe da Ferrari — explicou que a equipe só possuía um jogo de compostos duros naquele momento entre os novos, com todos os outros pneus usados. Assim, achou mais interessante continuar com os que já estavam nos carros #16 e #55.

“Acreditamos que em termos de aquecimento, o pneu usado seria melhor do que um novo”, explicou Binotto. “Teríamos sofrido mais problemas de aquecimento com duros novos, que eram os que tínhamos à disposição na garagem. Então decidimos ficar [na pista], porque acreditamos que seria nossa melhor chance para ter um bom aquecimento e atacar nas primeiras voltas [após a relargada], que foi o que aconteceu”, salientou.

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Mattia Binotto acredita que a Ferrari tomou a decisão certa em Miami (Foto: Scuderia Ferrari)

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Binotto defendeu a escolha da Ferrari, reforçando que Leclerc chegou a ameaçar a vitória de Verstappen após a relargada e Sainz conseguiu segurar Pérez até o final. Apesar do monegasco ter levado perigo ao neerlandês — que sustentou a posição sem maiores dificuldades —, Carlos acabou beneficiado por um problema em um dos cilindros do RB18 de ‘Checo’, que o impediu de buscar o pódio.

“Acho que a melhor oportunidade para Charles [Leclerc] seria logo na primeira volta após o safety-car”, opinou. “E certamente ele estava próximo nesse momento. Para Carlos [Sainz] também, [a escolha] o ajudou a se defender de ‘Checo’ com os médios novos”, argumentou o italiano.

Sainz foi na mesma linha do chefe da equipe e sustentou a decisão, argumentando que o resultado final foi o que a Ferrari esperava para o carro #55. No entanto, o espanhol ignorou o problema sofrido pela Red Bull de Pérez e também argumentou que não havia outra opção de pneus novos além dos duros, que seria mais difíceis de aquecer.

“Eu sabia que ‘Checo’ iria parar, porque ele ainda tinha um pneu médio novo”, afirmou Sainz. “Nossas alternativas eram um macio usado ou um duro novo, o que para mim não era suficiente para dez ou 12 voltas. Acho que foi a decisão certa, porque no final conseguimos mantê-lo [Pérez] atrás. Mas foi apertado, ele tinha tudo para me passar. Estou um pouco surpreso que tenhamos ficado à frente, porque foi uma batalha apertada”, finalizou.

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