Ferrari minimiza repercussão de testes de pneus na Espanha: "Nunca negamos, está dentro das regras"

Regulamento prevê que Pirelli pode realizar até 1000 km de testes por equipe ao longo do ano, porém sem jamais utilizar carros e pilotos inscritos no campeonato em disputa. A Mercedes burlou as regras. Já a Ferrari testou com carro de 2011 e pilotos da Corse Clienti

 
O teste secreto da Mercedes em Barcelona, logo nos dias posteriores ao GP da Espanha, gerou enorme polêmica ao ser revelado publicamente. O fato ganhou uma dimensão ainda maior após a vitória soberana de Nico Rosberg em Mônaco – a primeira das Flechas de Prata em 2013. Red Bull e Ferrari entraram com um protesto formal junto à FIA por conta do episódio, que burla a regra que proíbe testes com a temporada em andamento.

Porém, a própria equipe italiana realizou testes em conjunto com a fornecedora de pneus entre os GPs do Bahrein e da Espanha. A justificativa da Ferrari para a atividade extra foi a mesma dada pela Mercedes, ou seja, realizou o teste a pedido da Pirelli, que tem direito a treinos para o desenvolvimento dos pneus. Mas o ponto chave, na defesa da esquadra de Maranello, é que o time vermelho não usou a equipe de pista e nem os pilotos titulares na ação ou o carro atual.

O treino foi conduzido pela Corse Clienti, divisão da Ferrari que toma conta dos carros de F1 de clientes especiais e que também é responsável pelas exibições dos modelos italianos. Além disso, o time usou nos treinos o carro da temporada de 2011.

Ferrari testou pneus, mas não utilizou nem carros nem pilotos inscritos em 2013 (Foto: Getty Images)
Stefano Domenicali, chefe da escuderia, minimizou qualquer possibilidade de quebra do regulamento por conta dos tais testes, alegando que a equipe agiu dentro do regulamento e que o episódio em nenhum momento foi um segredo, ao contrário do que fez a Mercedes, que além de utilizar o W04, mandou tanto Rosberg quanto Lewis Hamilton para a pista durante as atividades secretas em Barcelona.
 
"Temos a possibilidade de realizar os chamados testes dos 1.000 km que a Pirelli faz para seu próprio desenvolvimento dos pneus", disse o italiano ao site 'Speed.com'. "Para a Ferrari, sempre esteve muito claro que nestes testes não poderíamos utilizar o carro de 2013. Em relação a correr com um carro antigo, o assunto é irrelevante, porque está totalmente dentro das regras."
 
"Isso é algo que nunca negamos. Sempre esteve muito claro. Todas as equipes têm essa possibilidade. Os pneus, a especificação dos testes, isso é algo que a Pirelli sabe, não nós", encerrou, insinuando falta de transparência da fabricante italiana.
 
A novidade pegou de surpresa as demais equipes, que ainda não haviam se utilizado deste expediente. Até então, os testes de performance da Pirelli eram realizados com um carro de 2010 da Renault, atual Lotus, sem nenhuma troca de dados entre fornecedora e equipe. 

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