Ferrari testa assoalho em carro de Sainz no TL1 de Las Vegas de olho em dados para 2025

Embora descrito no documento oficial da FIA, o assoalho revisado levado pela Ferrari para Las Vegas só será usado no TL1, já que se trata de parte do desenvolvimento do carro de 2025

O assoalho revisado que a Ferrari levou para Las Vegas nada mais é do que parte do trabalho que a equipe já faz visando o desenvolvimento do carro de 2025. A confirmação foi feita pelo engenheiro de performance do time, Jock Clear, afirmando que a peça foi usada no carro de Carlos Sainz na primeira sessão com o objetivo de correlacionar dados com os vistos em túnel de vento.

Por se tratar de uma especificação nova, o assoalho aparece descrito no documento oficial da FIA. A peça usada no carro #55 durante o TL1 traz redistribuição das margens e curvaturas, remodelagem do volume dianteiro e das bordas e busca compensar perdas aerodinâmicas na parte de baixo do carro.

O item, todavia, não será usado no resto do fim de semana. Na sessão realizada no fim da noite de quinta-feira (21), Sainz terminou em sexto, 0s2 atrás de Charles Leclerc, quarto colocado.

“[O assoalho] é apenas parte do desenvolvimento. Na verdade, é um processo de correlação”, explicou Clear. “Temos apenas um, e Carlos usará no TL1. Basicamente, não trará mais desempenho, só é especificamente diferente em uma determinada área que queremos comparar com o que o túnel de vento está nos dizendo”, acrescentou.

Carlos Sainz (Foto: Ferrari)

“É um pouco parecido com quando surgem problemas no carro e tentamos descobrir qual parte do assoalho está afetando a entrada da curva, ou se ele sai de frente no meio da curva/ápice ou o que quer que seja. Você precisa realmente ser muito específico sobre quais partes do assoalho farão a diferença”, seguiu, explicando ainda que se trata de um processo “bastante difícil”.

“Portanto, é muito valioso trazer uma parte que seja muito, muito direcionada para ver se ela faz o que imaginamos. Isso não tornará o carro mais rápido, não dará a ele mais downforce, mas precisamos olhar para os números para saber se obteremos esses resultados se fizermos isso. É um processo de correlação com o túnel”, completou.

Em seguida, o engenheiro afirmou que por conta da ausência de grande mudança técnica para 2025, os próximos carros serão parte de um desenvolvimento que as equipes já fazem. Tudo o que é feito, portanto, é em busca do aprimoramento de um aprendizado que já existe.

“Temos apenas três corridas restantes e realmente precisamos entender esse aspecto em particular, pois achamos que é importante para o ano que vem. Então há coisas que podem ser visadas nessas últimas corridas, digamos que é nossa última oportunidade. Não é como se tivéssemos um inverno de testes como há 20 anos”, frisou.

Ao ser questionado sobre a escolha de Las Vegas para o teste do assoalho, Clear esclareceu que se trata de um item caro e que demanda tempo para desenvolvimento. “Não é o tipo de coisa que dá para fazer toda semana.”

“Mas há partes que são aprimoramentos e coisas correlacionadas que estão lá toda semana, pequenos sensores e pequenas aletas nos dutos de freio dianteiros e coisas do tipo. Portanto o fato de termos nos esforçado para trazer o assoalho para cá é uma correlação importante, e certamente achamos que se fornecer a informação que queremos, valerá a pena ser feito”, encerrou.

Na briga ainda pelo Mundial de Construtores contra Red Bull e McLaren, a Ferrari é vista como uma das favoritas para o fim de semana em Las Vegas, já que o traçado urbano de curvas lentas e muitas retas favorece a SF-24.

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