FIA confirma disputa entre fornecedoras de pneu na F1 a partir de 2020. Mas Michelin está fora

Presidente da FIA, Jean Todt confirmou que a Pirelli na está sozinha na disputa pelo fornecimento de pneus para a F1 entre as temporadas de 2020 e 2023. Dirigente anunciou, entretanto, que a Michelin não faz parte da disputa

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) confirmou que a Pirelli terá rivais na disputa pelo fornecimento de pneus da F1 entre as temporadas de 2020 e 2023. A fábrica italiana entrega seus calçados à categoria máxima do automobilismo desde 2011, quando substituiu a Bridgestone.

 
Falando à imprensa em Monza neste fim de semana, Jean Todt, presidente da entidade máxima do esporte, evitou dar detalhes dos candidatos, mas afirmou que mais de uma empresa mostrou interesse em atender a F1.
Pirelli quer continuar atendendo a F1 (Foto: Pirelli)
O contrato atual da Pirelli com a F1 chega ao fim em 2019, com um novo regulamento previsto para entrar em vigor dois anos depois. A partir de 2021, o Mundial passará a utilizar pneus de 18 polegadas, com os cobertores de pneus também banidos.
 
“Ainda não tenho o resultado de quem se inscreveu para a seleção. Eu sei que tem mais de um [candidato]”, disse Todt. “Mas eu sei já há algum tempo, antes de agosto, que a Michelin não vai participar desta seleção”, seguiu.
 
Chefe da Pirelli, Mario Isola deixou claro o interesse da Pirelli em seguir atuando na F1.
 
“Posso confirmar que estamos interessados nesta seleção. Posso confirmar que nos inscrevemos”, disse Isola. “O documento técnico da FIA é bem detalhado, e ficamos felizes em discutir isso”, apontou.
 
“Como eu já disse, nossa abordagem é trabalhar em conjunto para encontrar a melhor solução”, comentou. “Eles, provavelmente, terão muitos grupos de trabalho técnico, porque não são só pneus de 18 polegadas que fazem parte do pacote, mas também as características dos pneus precisam ser discutidas”, considerou.
 
Embora Todt não tenha nomeado os rivais da Pirelli, a Hankook é uma das possibilidades. A empresa sul-coreana já atende a F3 Europeia e fornece os compostos do DTM desde 2011.
 
Com oito temporadas de experiência na F1 atual, Isola não espera ter problemas para avançar para a segunda fase do processo seletivo.
 
“Levou algum tempo para analisar e preparar os documentos, pois você tem de colocar muitos detalhes técnicos. Antes de 14 de setembro, a FIA vai responder para cada um, dizendo se o candidato é elegível para fornecer os pneus ou não”, explicou. “Espero que sejamos elegíveis depois de oito anos na F1! Obviamente, este é um procedimento normal. Depois disso, é a chamada fase dois, e a fase dois é o acordo comercial com a F1”, detalhou.
 
“É complicado, porque têm muitos detalhes, não só em termos de desgaste. Desgaste é a parte mais visível, mas também tem muita coisa em relação à área de trabalho [dos compostos], performance, características de rigidez dos pneus”, apontou. “Têm muitos detalhes na carta de intenções, e nós estamos muito felizes em ter a carta de intenções, porque, pelo menos, é um documento compartilhado com todos em que concordamos e seguimos o que está escrito. Do lado técnico, sim, é desafiador, 18 polegadas, sem aquecedores, é muita coisa”, completou.
 
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