FIA inicia consulta pública para achar montadora interessada em fornecer motor alternativo para F1 a partir de 2017

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) iniciou uma consulta pública para identificar interessados em fornecer motores alternativos para as equipes da F1. Bernie Ecclestone e Jean Todt querem livrar o Mundial da dependência das fábricas

Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), e Bernie Ecclestone estão empenhados em diminuir a dependência da F1 das fábricas. Em meio à crise da Red Bull, que ainda não conseguiu encontrar um motor para a temporada 2016, os dirigentes decidiriam levar adiante uma proposta para introduzir um motor independente no certame.
 
Na visão de Bernie, é ruim para a F1 estar ‘nas mãos’ de fornecedoras como a Mercedes e a Ferrari, as fábricas que contam com os melhores motores do grid. Por isso, o dirigente endossou o discurso proferido por Max Mosley, ex-presidente da FIA, e disse que a categoria precisa ter um fornecedor independente, como a Cosworth, que deixou o grid ao fim de 2013, justamente na época que marcou o encerramento da era V8.
Crise da Red Bull ressaltou dependência da F1 dos construtores (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Inicialmente, a expectativa era de que a proposta só fosse encaminhada após a aprovação dos times, mas a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) decidiu lançar uma consulta pública para identificar fábricas dispostas a produzirem esses motores independentes. 
 
 “A FIA decidiu iniciar uma consulta entre os fabricantes de motor para poder identificar para as temporadas 2017, 2018 e 2019 do campeonato supracitado um fabricante exclusivo de motor alternativo que será exclusivamente habilitado para fornecer este motor alternativo para os competidores inscritos em tais temporadas do campeonato”, anunciou. “A FIA agora pede a manifestação de interesse para identificar candidatos interessados em se tornarem o fornecedor exclusivo desse motor alternativo aos competidores”, continuou.
 
“Esse pedido de manifestação de interesse é gerido pela lei francesa”, completou.
 
Os interessados na produção desse motor independente devem se manifestar até o dia 23 de novembro.
 
A Red Bull vive um momento de crise após decidir romper seus laços com a Renault. Insatisfeita com o desempenho do V6 turbo francês, a equipe de Daniel Ricciardo e Daniil Kvyat tentou negociar com Mercedes e Ferrari, mas não conseguiu um acordo com nenhuma das duas. A Honda, então, apareceu como opção, mas a McLaren exerceu seu poder de veto para acabar com as conversar.
 
Na quinta-feira (12), Christian Horner, chefe do time, confirmou que a Red Bull estará no grid do próximo ano, mas não revelou qual motor o time vai usar.
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