FIA reage ao calor extremo do Catar e estuda versão simplificada de ar-condicionado na F1
A Federação Internacional de Automobilismo está desenvolvendo um mecanismo para melhorar o conforto e a saúde dos pilotos em corridas com altas temperaturas
Depois do intenso calor e do mal-estar enfrentado pelos pilotos durante o GP do Catar do ano passado, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) tomou uma iniciativa para tentar reduzir o desconforto dos competidores durante as etapas que acontecem em locais com temperaturas mais elevadas. Para isso, a entidade estuda uma versão simplificada de um ar-condicionado no cockpit dos carros.
Embora Max Verstappen tenha garantido seu terceiro título no fim de semana do GP do Catar no ano passado, a etapa no Circuito de Lusail ficou marcada pelo calor extremo que fez com que os pilotos se sentissem extremamente mal durante a corrida. Logan Sargeant ficou desidratado e teve de abandonar a competição, Esteban Ocon vomitou dentro do capacete ainda durante a prova, e Lance Stroll teve de ser levado para a ambulância assim que deixou seu carro.
A FIA então prometeu que providências seriam tomadas para tornar os cockpits menos quentes nessas situações. Agora, a entidade experimenta um sistema simplificado de ar-condicionado. Uma das possibilidades que estão sendo estudadas é fazer uma alteração no regulamento para permitir uma segunda entrada de ar na parte superior dos carros. Com isso, o fluxo de ar seria melhorado e permitiria uma ventilação melhor no habitáculo. As informações são do portal Autosport.
O órgão regulador do esporte, no entanto, segue procurando diferentes soluções. Uma delas vai ser testada no fim de semana do GP da Holanda e consiste em um método de refrigeração direcionado ao habitáculo. Ainda de acordo com o Autosport, o sistema é organizado em várias estruturas menores que são posicionadas ao redor da cabine e da carroceria, canalizando o ar frio para o piloto. Além de Zandvoort, outras etapas devem receber o teste.
Caso aprovado, o dispositivo vai se tornar obrigatório nas etapas que a FIA julgar necessário. Em comunicado ao Autosport, a entidade confirmou o desenvolvimento do novo sistema.
“Em resposta às temperaturas extremas registradas no GP do Catar do ano passado, a FIA e todas as equipes de F1 iniciaram imediatamente pesquisas para melhorar a ventilação e o resfriamento dos pilotos nessas condições. Desde então, os regulamentos técnicos foram atualizados para permitir a introdução de uma ventilação passiva na parte superior da cabine para melhorar a ventilação, que as equipes são fortemente incentivadas a usar”, disse o órgão regulador.
“Essas atividades conjuntas de pesquisa avançaram e se concentraram no desenvolvimento de um sistema de refrigeração ativo para ser instalado em carros de F1 em condições extremas. Os testes iniciais estão planejados em Zandvoort e nas próximas corridas”, continuou. “Se esses testes forem bem-sucedidos, a FIA exigirá a instalação deste sistema de refrigeração ativo em carros de Fórmula 1 no futuro, para quando houver alto risco de muito calor. Além disso, as equipes serão autorizadas a tomar medidas excepcionais para resfriar o equipamento dos pilotos e a cabine tanto quanto possível antes das sessões”, finalizou.
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