Fora do top-10 pela primeira vez, chefe da Haas fala em “choque de realidade” na China: “Agora sabemos onde estamos”

Chefe da Haas, Guenther Steiner avaliou que o time teve um choque de realidade no GP da China de F1. Foi a primeira vez que a equipe norte-americana não pontuou

Após um belo início de temporada, Guenther Steiner avaliou que o GP da China foi um “choque de realidade” para a Haas. A prova em Xangai foi a primeira em que o time de Romain Grosjean e Esteban Gutiérrez não conseguiu pontuar.
 
Depois de completar os GPs de Austrália e Bahrein em sexto e quinto, respectivamente, Grosjean amargou um 19º posto no último fim de semana, após perder a asa dianteira em uma colisão com Marcus Ericsson na primeira curva. 
Guenther Steiner avaliou que a Haas teve um choque de realidade em Xangai (Foto: Sam Bloxham/LAT Photographic)
Gutiérrez, por sua vez, não tinha terminado nenhuma das provas anteriores, mas viu a bandeira quadriculada em território chinês apenas na 14ª colocação.
 
Apesar de não ter pontuado, foi a primeira vez que a estreante equipe norte-americana viu seus dois carros completarem a corrida. Assim, o time mantém o quinto posto no Mundial de Construtores, 96 pontos atrás da líder Mercedes.
 
“Foi um choque de realidade, mas acho que foi bom. Agora nós sabemos onde estamos”, avaliou Steiner. “É como nós sempre dissemos: nós estaremos nessa área, em terno do décimo lugar, pois sem o problema com o carro de Romain, ele provavelmente teria estado lá com as McLaren”, previu. 
 
“É a realidade, mas foi bom para nós, porque terminamos com os dois carros, e não é terminar com os dois carros, é correr com os dois carros, porque antes nós tivemos o luxo de ter a equipe toda para um carro”, apontou. “Agora nós precisamos nos acostumar a rodar com dois carros e isso foi bem desafiador, com muitas mudanças de pneus, nós não cometemos erros nos pit-stops”, indicou.
 
Além disso, o chefe da Haas também exaltou o progresso de Gutiérrez durante a corrida, já que o piloto “não podia abrir o DRS, então ficou preso atrás das pessoas”.
 
Destaque das duas primeiras corridas da temporada, Grosjean classificou a corrida como “horrível” e seguiu a linha do chefe ao dizer que a etapa da China trouxe o time “de volta para a terra”.
 
“Normalmente, é nas situações difíceis que você aprende”, declarou Romain. “No domingo, nos voltamos para a terra, mas a F1 é um mundo complicado e têm muitas coisas acontecendo”, ponderou.
 
“Desde a manhã de sexta-feira eu não estava nada feliz com o meu carro. Nós precisamos analisar o motivo. Nós tentamos algumas coisas e, obviamente, nunca conseguimos acertar completamente”, explicou. “Vai ser interessante entender qual a diferença em relação ao Bahrein, o motivo de termos caído. Têm muitas coisas que podemos entender e analisar”, insistiu.
 
“A mudança da asa dianteira não foi rápida o bastante, o desgaste do pneu dianteiro foi ruim, têm muitas coisas que podemos entender”, exemplificou. “Apesar de ter sido uma corrida de merda para nós, por outro lado será muito positivo analisar tudo desde a manhã de sexta-feira até o fim da corrida”, completou.
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