Fórmula 1 tem prejuízo de mais de R$ 2 bilhões em temporada durante pandemia

Lucro não foi uma palavra utilizada pela Fórmula 1 em sua análise da temporada 2020. Segundo o Liberty Media, a perda de dinheiro foi grande no primeiro ano de pandemia

Um ano de pandemia, em que o esporte correu risco de sequer existir, tinha a tendência de passar longe de dar lucro mesmo quando, enfim, voltasse. E o 2020 da Fórmula 1 foi exatamente assim: em balanço divulgado nesta sexta-feira (26), o Liberty Media mostrou que a categoria deu prejuízo na última temporada.

E não foi pouco: de acordo com os dados levados ao público, a perda foi de U$ 386 milhões – ou, na conversão atual para reais, de mais de R$ 2 bilhões.

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F1; FÓRMULA 1; ISTAMBUL; TURQUIA; SEXTA-FEIRA;
As arquibancadas da F1 pouco viram público em 2020 (Foto: Alfa Romeo)

Na realidade, segundo o grupo que detém os direitos do Mundial, o lucro até existiu, de U$ 17 milhões (pouco mais de R$ 90 milhões), mas após os pagamentos para as equipes, se transformou em prejuízo.

“O pagamento às equipes caiu em relação ao ano passado por causa da queda no dinheiro de venda de ingressos (apenas alguns GPs tiveram acesso limitado às arquibancadas) e em razão do impacto associado no cálculo de elementos variados”, escreveu a organizadora da F1 em nota.

Outro exemplo da redução na entrada de dinheiro na categoria foi a queda de 30% para 12% na representação total do orçamento vindo de taxas da organização de cada GP. Conforme publicado pelo Liberty, algumas etapas não pagaram essas obrigações, enquanto outras tiveram o valor diminuído.

“A renda da promoção de corridas caiu também, isso porque os fãs só puderam comparecer a três GPs, o que significou mudanças pontuais nos termos contratuais das corridas originalmente marcadas que continuaram no calendário de 2020, enquanto uma renda limitada chegou das provas que foram adicionadas”, seguiu a nota.

Em Nürburgring, público novamente esteve presente em uma etapa da F1 (Foto: Williams)

Com o público em casa, o aumento na porcentagem dentro do total dos rendimentos da F1 ficou claro na venda de direitos de transmissão para a TV: de 38% para 55%. Mesmo assim, com valores menores.

“Os valores brutos vindos de transmissões caíram, em razão das mudanças já citadas no calendário, além de negociações contratuais ocorridas unicamente em 2020.”

Por fim, um dos poucos tópicos sem grandes alterações foi o dinheiro vindo de patrocinadores: de 15% para 17% do total, mas também em valores em queda.

A Fórmula 1 volta, ainda sem público e com dificuldades no calendário, no dia 28 de março, com o GP do Bahrein.

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