Funcionários planejam greve e protesto em Monza por decisão da Renault sobre motor
Empregados da Renault na sede de Viry-Chatillon, que trabalha no projeto da F1, vão entrar em greve nesta sexta-feira (30)
A Alpine está prestes a sofrer uma reação dos funcionários da fábrica de Viry-Chatillon à saída da Renault da Fórmula 1 ao final de 2025. Empregados que trabalham na fabricação de unidades de potência da F1 planejam entrar em greve nesta sexta-feira (30) e fazer protestos nas arquibancadas de Monza durante o fim de semana do GP da Itália.
De acordo com o jornalista Thomas Maher, 100 funcionários da fábrica estarão nas arquibancadas de Monza vestindo camisetas com mensagens. Segundo Andrew Benson, repórter da BBC que primeiro noticiou a situação, os protestos não vão afetar as atividades da Alpine e da Renault em pista.
A notícia de que a Renault deixaria de produzir motores para a Fórmula 1 foi confirmada pelo então chefe de equipe da Alpine, Bruno Famin, no final de julho. O dirigente afirmou que os recursos destinados à produção de unidades de potência seriam deslocados para a criação de “novas tecnologias”.
“O projeto apresentado no início da semana aos representantes da equipe em Viry é realocar os recursos do desenvolvimento da unidade de potência da Fórmula 1 para o desenvolvimento de novas tecnologias para a marca. A consequência, caso seja aceito, é que a Alpine compre uma unidade de potência em vez de desenvolver a sua própria. Assim, teríamos mais recursos para desenvolver a marca”, disse.
Meses antes, tornou-se pública a discussão interna da Renault sobre o sentido de continuar produzindo motores na F1 e se o custo/benefício era positivo. Sobretudo com a chegada de uma nova geração de motores, que, embora mais barata que a atual, precisa ser formatada desde a concepção.
Flavio Briatore, consultor da equipe, é alguém que tem questionado a fabricação de motores próprios. Inclusive, quem estava no paddock da F1 no fim de semana do GP da Hungria aponta a presença do italiano nas instalações mercedistas.
Ainda em julho, a revista Autosport informou que a Alpine estuda uma parceria com a Mercedes para quando a Renault deixar o grid da categoria, algo que não agradou a divisão de motores da marca francesa.
Ainda de acordo com a publicação inglesa, o Conselho Social e Econômico dos funcionários da Alpine em Viry-Chatillon emitiu uma declaração pedindo a continuidade do projeto dos motores Renault na F1.
“Não entendemos o que justifica matar esta entidade de elite que é o local de Viry-Chatillon e trair sua lenda e seu DNA ao enxertar um coração Mercedes em nosso carro de F1 Alpine”, dizia a declaração, que classificava o fim do desenvolvimento de motores como “incompreensível”.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Itália de Fórmula 1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após treinos livres e classificação, além de antes e depois da corrida. Na sexta-feira (30), o treino livre 1 acontece às 8h30 (de Brasília, GMT-3). Já a segunda sessão está marcada para as 12h. No sábado (31), o TL3 abre o dia às 7h30, ao passo que a classificação será às 11h. Por fim, no domingo (1º), os pilotos disputam a corrida em Monza a partir das 10h.
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