Bortoleto impressiona em teste e faz McLaren aceitar só 2 anos de empréstimo para Sauber
O GRANDE PRÊMIO soube que os resultados de Gabriel Bortoleto no teste com o MCL36 foram melhores que os obtidos por qualquer novato anteriormente. A McLaren, portanto, está disposta a liberá-lo para a Sauber por apenas dois anos, mas a base em Hinwil quer quatro
A ida de Gabriel Bortoleto para a Fórmula 1 com a Sauber Audi passou a ser questão de tempo de contrato. A performance no teste feito com a McLaren — equipe à qual pertence — há duas semanas no Red Bull Ring deixou a cúpula de Woking impressionada e disposta a liberá-lo por empréstimo por apenas duas temporadas, soube o GRANDE PRÊMIO, pois a ideia é tê-lo como opção pós-2026. O time chefiado por Mattia Binotto, porém, quer fechar com o brasileiro por quatro anos.
Gabriel andou na pista da Áustria com o MCL36, carro com o qual a McLaren disputou a temporada 2022 da F1, já sob o atual regulamento. O GRANDE PRÊMIO apurou que os resultados do atual líder da Fórmula 2 foram melhores do que os obtidos por qualquer novato anteriormente, incluindo nomes como Álex Palou — que também apareceu na lista de Binotto, segundo a imprensa alemã. Palou acabou de se sagrar tricampeão da Indy.
Internamente, Bortoleto “está muito bem cotado”, soube o GP, e é por essa razão que a McLaren bate o pé quanto à duração do acordo com a Sauber Audi. Os ingleses, no momento, aceitam empréstimo por dois anos, tempo que coincide com o fim do contrato vigente de Oscar Piastri. Lando Norris, por sua vez, renovou em janeiro acordo “multianual”, mesmo já estando garantido até o fim de 2025.
A Sauber, aliás, atestou que tem interesse em trazer “um jovem talento a médio e longo prazo”, conforme as palavras do representante da equipe, Alessandro Alunni Bravi, durante a passagem da F1 por Baku, neste fim de semana. Do outro lado está Valtteri Bottas, que é visto como opção a curto prazo, apesar da experiência e conhecimento que possui do time.
A situação do finlandês, entretanto, complicou-se com a chegada de Franco Colapinto ao grid da Fórmula 1. O GP apurou que o argentino também concorre ao segundo assento em Hinwil após estreia convincente com a Williams em Monza e os primeiros pontos conquistados no Azerbaijão.
Só que a situação de Colapinto, entende-se, cai na mesma de Bortoleto: o tempo de contrato. A proposta da Sauber para ele seria a mesma, ou seja, um acordo de quatro anos, mas a Williams não quer perdê-lo por tanto tempo, já que Alexander Albon possui uma cláusula contratual que o libera caso uma equipe de ponta lhe ofereça vaga.
Nessa briga, Gabriel é ainda quem está em vantagem: trata-se de um impasse que pode ser resolvido. Porém o tempo começa a correr contra: se for campeão da F2, por exemplo, está automaticamente fora do grid da categoria, assim precisa definir logo o futuro para não ficar sem nada no ano que vem.
Outro ponto a favor é o pacote comercial que Bortoleto agregaria à Sauber Audi. O pai do piloto, Lincoln Oliveira, é um dos donos do fundo United Partners, que administra a Vicar, e presidente da Americanet, operadora de telecomunicação.
Uma decisão para escolha do segundo piloto é esperada para os próximos dias.
Até o momento, a Sauber conta com Nico Hülkenberg para 2025 e 2026 — este último, ano em que a Audi já estará sob controle total das operações.
A Fórmula 1 volta já neste fim de semana, de 20 a 22 de setembro, no GP de Singapura, 18ª etapa da temporada 2024, nas ruas de Marina Bay.
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