Governo vê apoio financeiro para realização de GP da Holanda de F1 como “desnecessário e injustificado”

O governo holandês vê benefícios na realização de um GP de F1, mas não a ponto de compensar investimento federal. O GP da Holanda é sonho de consumo da categoria, que tenta aproveitar a crescente popularidade de Max Verstappen

Redação GP 06/02/2019    09:25    2min    Fórmula 1

A realização do GP da Holanda, novo sonho de consumo da F1, não vai passar pelas mãos do governo local. Bruno Bruins, ministro dos esportes do país, afirmou que não há planos para aplicação de dinheiro federal no projeto. O motivo é simples: o governo não sente que o apoio financeiro é justificado.

 

Bruins, apesar de ser contra o apoio financeiro holandês, reconhece que uma corrida no país europeu seria benéfica – a popularidade da F1 no país aumentou drasticamente após a chegada de Max Verstappen, com fãs marcando presença em países como Bélgica, Alemanha e Áustria.

 

“O evento é apropriado e traria considerável valor econômico. A questão é se isso justifica o uso de dinheiro de imposto do governo”, disse Bruins. “O governo é da opinião de que esse não é o caso. Não é necessário nem justificado, já que os direitos da F1 estão nas mãos de uma companhia americana”, continuou.

A F1 negocia o retorno de Zandvoort ao calendário (Foto: Red Bull Content Pool)

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A notícia é particularmente ruim para Zandvoort, que despontou como ‘Plano A’ da F1 na Holanda. Isso porque o ‘Plano B’, Assen, afirma já ter condições financeiras de receber a prova sem apoio do governo. Não se sabe se Zandvoort é capaz de arcar por si só com os altos custos da empreitada, que já começam com obras estimadas em € 20 milhões – R$ 84 milhões.

 

Mesmo assim, Zandvoort olha para o lado positivo. Em comunicado, a administração do autódromo celebrou que o governo vê a ideia do GP da Holanda como positiva.

 

“A administração do autódromo, justo com nossos colegas da TIG e da SportVibes [promotores], se sente apoiada pelo fato do ministro apoiar nossa iniciativa. Nós vamos levar a mensagem do ministro em conta nas nossas discussões com a FOM e, no meio tempo, vamos trabalhar pesado para que esse evento único aconteça”, apontou.

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