GP Recomenda: cinco bons motivos para não se perder o GP do México de F1

Depois da decisão do título nos EUA, que coroou Lewis Hamilton como tricampeão, a F1 viaja ao país vizinho, o México, para a 17ª etapa da temporada 2015. E o grande destaque do fim de semana é exatamente o retorno do autódromo Hermanos Rodríguez ao calendário do Mundial após 23 anos. Por isso, o GRANDE PRÊMIO lista agora cinco motivos para não se perder o GP na casa de Sergio Pérez

1) ERA UMA VEZ NO MÉXICO 
 
Foi uma espera de 23 anos. Enfim, os mexicanos conseguiram trazer a F1 de volta ao seu país em um GP que será disputado no icônico, mas agora todo reformulado, autódromo Hermanos Rodríguez. O retorno da etapa na Cidade do México chegou a ser cogitado até para 2014, mas a confirmação de que a corrida entraria mesmo na temporada 2015 veio em julho do ano passado. O acordo com o Mundial vale até pelo menos 2019. 
 
Para sediar o GP, o circuito iniciou uma grande reforma para atender às novas exigências da F1. E o projeto da pista ficou sob a supervisão de arquiteto alemão Hermann Tilke, responsável por tantas outras pistas do calendário. O traçado tem 4.304 m de comprimento, passou por um grande recapeamento no asfalto e inúmeras reformas no complexo, incluindo uma revisão da famosa curva Peraltada. 
 
Por trás do grande projeto está Carlos Slim, dono da Telmex e patrocinador dos dois pilotos mexicanos na F1, Sergio Pérez e Estebán Gutiérrez. Além disso, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, é fã de automobilismo. 
 
Na última semana, o circuito mexicano foi aprovado na inspeção conduzida pelo delegado de segurança da FIA e diretor de provas da F1, Charlie Whiting. Os últimos preparativos incluem as zebras, placas antes das curvas e as placas de publicidade. Inicialmente, 80 mil ingressos haviam sido colocados à venda, todos vendidos em duas semanas. Por causa disso, arquibancadas adicionais foram construídas.
A bela reta no Hermanos Rodríguez (Foto: F1)
2) O MEXICANO
 
Sergio Pérez será o grande nome do fim de semana no autódromo Hermanos Rodríguez neste fim de semana, sem a menor sombra de dúvida. Afinal, será o primeiro mexicano a correr em casa desde Pedro Rodríguez, que disputou o GP do México em 1970. Na ocasião, Rodríguez, um dos irmãos que dá nome à pista, largou em sétimo e cruzou a linha de chegada em sexto de BRM.
 
Agora, com a Force India, Pérez terá todas as atenções para si. E tem chance, sim, de tentar repetir a atuação que teve no GP da Rússia, onde foi ao pódio com o terceiro lugar, contando com uma estratégia ousada. De repente, correndo diante de sua torcida, uma nova tática atrevida possa render frutos ao piloto.
 
Só que Pérez não ficará sozinho por muito tempo nessa posição de estrela. O fim de semana mexicano deve também vai marcar o anúncio da Haas. A novata equipe norte-americana escolheu o GP na Cidade do México para confirmar a contratação de Esteban Gutiérrez, atualmente piloto de testes da Ferrari.
Sergio Pérez é o piloto da casa (Foto: Force India)
3) OS ESQUECIDOS
 
Lewis Hamilton fechou a conta da temporada 2015 em uma corrida concorridíssima em Austin, que misturou pista molhada e seca, ultrapassagens de todos os tipos e até um confronto com o companheiro de equipe, Nico Rosberg logo na primeira curva. O fato é que Hamilton superou tudo para enfim soltar o grito de campeão, ou melhor, tricampeão. Mas ainda resta um título neste ano, o de vice-campeão, embora seja um que ninguém diz que quer abertamente. 
 
Mas alguém tem de carregar esse fardo. E a briga agora está entre Sebastian Vettel, que continua como segundo colocado no Mundial de Pilotos, e Rosberg, o terceiro. A diferença entre ambos é de apenas quatro pontos, restando três provas para o fim do campeonato. 
 
Até o momento, os dois pilotos vem em campanhas bastante semelhantes. Ambos têm o mesmo número de vitórias e o mesmo número de pódios. A ligeira vantagem do tetracampeão se explica por conta do abandono a mais que tem Nico e de um desempenho ruim na Hungria, prova vencida pelo ferrarista. 
 
Diante desse cenário, não é estranho imaginar que Rosberg possa contar com a ajuda de Lewis Hamilton para assegurar a dobradinha da Mercedes, mas sempre há a dúvida, especialmente porque o relacionamento entre os dois não está em seu melhor momento, digamos assim. Pelos lados da Ferrari, Kimi Räikkönen não vai hesitar no auxilio ao colega. E isso já foi dito publicamente. 
Será que Hamilton ajuda Rosberg na briga pelo vice? (Foto: Getty Images)
4) A NOVELA MEXICANA
 
A Red Bull continua com seu calvário na busca por uma fornecedora de motor. No fim de semana do GP dos EUA, a informação que surgiu na imprensa alemã — e que não negada de pronto — era de que a equipe estava tentando negociar com a Honda. A notícia foi como uma bomba, principalmente por conta da extrema dificuldade que a McLaren vem enfrentando com os motores japoneses. 
 
A conversa não avançou muito, ainda segundo a mídia inglesa. Isso porque Ron Dennis, chefão da equipe de Woking, vai vetar qualquer acordo entre a fabricante nipônica e os dirigentes austríacos. 
 
O fato é que a Red Bull tem pressa para definir um novo contrato. E já estabeleceu as próximas semanas como prazo limite para isso, especialmente por conta da concepção do carro do ano que vem. Christian Horner, chefe da marca das bebidas energéticas, afirmou que deseja encontrar uma solução até neste fim de semana. 
Christian Horner quer resolver situação da Red Bull nesta semana (Foto: AP)
5) O LABIRINTO DO FAUNO
 
Apesar da previsão de chuva, o fim de semana do GP do México deve ser menos problemático que o vivido pela F1 em Austin, onde os efeitos do furacão Patrícia foram fortemente sentidos. Segundo os serviços meteorológicos, há uma chance grande de precipitação para os três dias de evento, mas nada comparado ao que se viu no Texas.
 
Ainda assim, a pista molhada, e uma pista novinha como a do Hermanos Rodríguez, tem tudo para ser palco de uma tão ou mais interessante corrida do que a que foi disputada nos EUA. Um bela reestreia, diga-se. 
 
Além da intempérie, as equipes também terão uma preocupação extra para a etapa mexicana: a altitude. O circuito está a cerca de 2.300 m do nível do mar, o que já o coloca como a pista localizada na maior altitude de todo o calendário. 
 
No passado, a alta altitude afetou o funcionamento dos motores da F1, então aspirados. Atualmente, isso pode novamente influenciar o desempenho das unidades turbo e híbridas devido à falta de oxigênio.
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