GPDA manda carta para FIA em busca de entender como evitar batidas nas relargadas

Após GP da Toscana, Associação dos Pilotos quer esclarecer junto à FIA como fazer para impedir que novas batidas nas relargadas se repitam no futuro

Mesmo após duas semanas, o GP da Toscana de Fórmula 1 ainda ressoa na diretoria da Associação de Pilotos, a GPDA. Na quinta-feira, em Sóchi, Romain Grosjean, um dos diretores da associação, afirmou que os representantes dos pilotos enviaram uma carta para Michael Masi, diretor-técnico da FIA, buscando melhorar os procedimentos e evitar batidas nas relargadas como aquela da Itália.

O acidente em Mugello aconteceu sobretudo na primeira relargada, após outra batida. As luzes do safety-car se apagaram momentos antes da saída do carro de segurança, o que apressou as precauções de cada piloto na largada lançada. O que rendeu uma batida múltipla na reta dos boxes.

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De acordo com Grosjean, a carta foi redigida após reunião online com Sebastian Vettel, outro dos pilotos da diretoria da GPDA, além do presidente Alexander Wurz e da advogada Anastasia Fowle. O objetivo é, claro, evitar que esse tipo perigoso de acidente volte a acontecer.

“Tivemos discussões com Seb, Alex e Anastasia no Grupo de WhatsApp da GPDA e formulamos uma carta para Michael Masi tentando encontrar maneiras de melhorar”, contou.

“Não acredito que que alguma coisa se destacou muito em Mugello durante aquelas relargadas. Foram várias pequenas coisas que terminaram numa grande batida, mas talvez algumas mudanças nas regras sejam capaz de evitar isso”, seguiu.

“Foi isso que discutimos, como evitar um momento assustador assim. Tivemos sorte por ninguém ter se machucado, porque foi uma batida em velocidade alta. Um carro voando em direção ao alambrado podia ter sido bem complicado”, falou.

Um dos pilotos eliminados da corrida na batida foi Kevin Magnussen, companheiro de Grosjean na Haas, que também falou.

“Estava reagindo a um carro na minha frente – e o cara do carro na minha frente estava reagindo ao cara na frente dele. Foi assim com todos, cada um tentando reagir como possível. No fim, alguém fica preso e não consegue sair, então acontece o acidente. Seria bom pensar essas relargadas para que a gente possa evitar de acelerar e frear de novo, fazendo possível que, uma vez que a gente acelere, acabou. Não sei qual a solução, mas seria mais seguro”, comentou.

Carlos Sainz foi outro dos pilotos pegos no incidente e também se manifestou. Pegou leve, disse que quer ouvir os pilotos na reunião de sexta-feira, mas deixou claro que ficou insatisfeito com alguns.

“Precisamos tomar algumas lições e aprender. Creio que nós, pilotos, não tornamos nossa vida mais fácil com inseguranças na hora de largar. Complica muito para quem está atrás. Definitivamente, falaremos sobre isso amanhã. Temos de analisar as coisas junto à FIA para saber o que melhorar, porque a batida foi enorme. Podia ter sido muito pior, ainda”, declarou.

“Pessoalmente, quero esperar pelo briefing dos piltoos para escutar a opinião de todos e analisar o que alguns pilotos vão dizer e o motivo de terem deixado espaços tão grandes. E também o motivo das luzes do safety-car terem apagado tão tarde, essas coisas”, finalizou.

As atividades de pista em Sóchi começam nesta sexta-feira, às 5h (de Brasília), com o primeiro treino livre. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades EM TEMPO REAL.

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