Grosjean crê que livrou Haas ao avisar sobre “problema real” detectado em 2019

Romain Grosjean se orgulha de ter apontado problemas no VF-19 já em maio, no GP da Espanha. O francês acredita que foi importante para a detecção de problemas na correlação do túnel de vento com a pista, que acabaram causando um 2019 turbulento

Romain Grosjean sente que já teve uma grande contribuição no 2020 da Haas, isso antes mesmo da temporada da Fórmula 1 começar. O piloto francês, refletindo sobre os dramas da equipe americana em 2019, recorda que precisou avisar a equipe sobre a suspeita de um problema “real” com o VF-19. E Romain estava certo: ao detectar inconsistências no túnel de vento, o piloto sente que já ajudou a impedir uma temporada de novos sufocos.
 
“Já em Barcelona, quando trouxemos a versão atualizada do carro, eu disse imediatamente que havia um problema e que o carro não estava funcionando”, disse Grosjean. “Em Paul Ricard, depois da classificação, eu pedi que parassem de focar nos pneus, porque esse não era o problema. Tínhamos outro problema real com o carro. Foi aí que nos aprofundamos nos estudos e percebemos que havia um problema real. Era um erro de correlação entre o túnel de vento e a pista. O que é certo é que se eu não tivesse dito que a evolução não estava funcionando, teríamos seguido na mesma direção e esse ano também não correria bem. Isso foi certamente um ponto positivo”, seguiu.
 
A observação de Grosjean, entretanto, não impediu um ano dos mais difíceis para a Haas. A equipe chegou ao ponto de voltar para a versão inicial do carro de 2019, livrando-se das atualizações, na esperança de resolver problemas. Não deu muito certo, com a equipe ficando em penúltimo no Mundial de Construtores, superando somente a Williams.
Romain Grosjean ajudou a Haas a detectar problemas no VF-19 (Foto: Haas)

O susto ajudou a equipe a concentrar todos os esforços no VF-20, ao ponto até mesmo de fazer somente uma apresentação simples, na garagem de Barcelona.

 
“Não vamos fazer uma apresentação, só lançar o carro. Vamos focar no essencial e tirar o máximo do carro o mais cedo possível. Estamos esperando para ver como será o carro na pista. Nós temos todos os números do túnel de vento, acho que aprendemos muito com o ano passado. Agora, novamente, a única resposta que teremos é quando andarmos com o carro. Nós tentamos entender de onde estão vindo os problemas de correlação, tentamos entender o que poderíamos ter feito de diferente em relação aos outros, olhamos para os conceitos que as equipes ao nosso redor têm”, encerrou.
 
A pré-temporada da F1 em Barcelona começa em 19 de fevereiro, com seis dias de atividades. O campeonato começa para valer em 15 de março, com o GP da Austrália.
 
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