Não é um sonho dentro de um sonho, Romain Grosjean estava de fato em Silverstone, na última quinta (15), guiando a Renault 1983 que pertenceu a Alain Prost.
O Renault RE40 #15 terminou na segunda posição do Mundial daquela temporada, atrás apenas da Brabham de Nelson Piquet, que acabou assegurando o título na corrida final: o GP da África do Sul.
Romain Grosjean guiando a Renault de Alain Prost em 1983 no circuito de Silverstone (Foto: Divulgação/Renault)
"Foi o mesmo que guiar um F1 hoje, em algumas partes. Mas bem diferente em outras. A maior diferença é a posição onde pilotamos, além do fato de que você está sentado com a roda bem na sua frente", disse o francês, atual piloto da Lotus.
"O controle do motor é bem diferente, leva um tempo para acostumar. Parece que não tem potência e, do nada, a velocidade começa e você começa a se sentir insano. A embreagem também é bem diferente, você pode sentir o freio, o downforce, o carro escorregando e indo onde quer ir. Foi legal, queria ter dado mais voltas", falou.
"Você pode sentir a diferença para os turbos desse ano. Nos carros antigos, é necessário alcançar 2.2 barras de pressão para o carro 'pegar'. Seria complicado numa corrida. Rob White, da Renault Sport, me disse depois que eu não ia mais reclamar da resposta do carro desse ano. Definitivamente, não vou! A tecnologia que temos hoje faz o turbo parecer bem tranquilo na comparação com guiar", encerrou.
De volta para o futuro, no mundo real, Romain Grosjean não pode reclamar. É a personificação do crescimento da Lotus, tendo inclusive conquistado os primeiros pontos da equipe na temporada no último GP, na Espanha. Na próxima semana, a F1 e Grosjean vão ao Principado de Mônaco para mais uma etapa do Mundial de F1.