GUIA 2024: Verstappen entra favoritíssimo ao tetra e de olho em novos recordes da F1
Max Verstappen entra na temporada 2024 com um dos maiores favoritismos da história da F1. Em uma Red Bull dominante, no auge da carreira e com um regulamento que praticamente não mudou, o neerlandês briga mais contra os recordes e as marcas dele mesmo do que com os rivais. Ao menos na teoria
Não há como negar que Max Verstappen detenha, para 2024, um dos maiores favoritismos que a F1 já viu. Gênio do esporte, o ainda jovem neerlandês conta também com um time que basicamente se acostumou com a perfeição nos últimos anos e, ainda, um regulamento que praticamente ficou intacto. E que os austríacos domaram com autoridade.
Campeão em 2021 em uma das temporadas mais acirradas e controversas de todos os tempos, definida na última volta da última corrida contra Lewis Hamilton, Verstappen nadou de braçadas em 2022 e 2023. A Red Bull amaciou o novo regulamento no peito e saiu jogando, chamando o efeito solo de ‘meu bem’.
A primeira metade de 2022 ainda foi de disputa, uma Ferrari que chegou acesa pelas mãos de Charles Leclerc, mas que não tardou a sucumbir. Tanto o monegasco quando a equipe italiana foram sumindo aos poucos, empilhando erros, além de, claro, terem ficado para trás no desenvolvimento do projeto. Do GP da França, do erro de Leclerc, para frente, foram nove vitórias em 11 etapas para Max.
Mas em 2023 não teve Ferrari, não teve nada. Em 2021, Verstappen anotou 395,5 pontos, subindo para 454 em 2022 e inacreditáveis 575 no ano passado. O neerlandês fez mais — bem mais — do que qualquer equipe do grid. Não estamos falando de piloto, não: equipe.
Ao todo foram absurdas 19 vitórias em 22 corridas, de longe o maior número na história em uma temporada, de longe também o melhor aproveitamento de um piloto em um campeonato. Avassalador. É por isso que talvez dizer que Verstappen briga com as próprias marcas em 2024 seja injusto, afinal, são recordes que parecem imbatíveis.
A sensação mais forte é de que seria mais fácil o domínio de Max arrefecer por um erro clamoroso da Red Bull no projeto ousadíssimo do RB20 do que qualquer outra coisa. Spoiler: pelos primeiros movimentos de Verstappen na pista, isso não deve acontecer.
É que McLaren, Ferrari e, principalmente, Mercedes não parecem ter os elementos suficientes para bater de frente com a Red Bull. É meio que aquela situação: o normal seria esperar a mudança de regulamento em 2026, mas quem sabe em 2025, no tradicional ano da ressaca antes da troca das regras? Para 2024, porém, fica bastante difícil.
“Os nossos adversários tiveram altos e baixos, oscilaram entre quem era nossa maior ameaça. Para 2024, espero as coisas mais próximas, vão aprender muito deste regulamento”, falou um contidíssimo Max no fim de 2023.
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E como fica Sergio Pérez nisso? Com o carro mais dominante de todos os tempos em mãos em 2023, o mexicano só venceu duas corridas, somou menos da metade dos pontos de Verstappen, chegou a enfileirar etapas seguidas sem ir ao Q3 na classificação. É bem difícil acreditar que possa ser um fator a impedir o domínio de Max.
Melhor piloto do momento, melhor carro, melhor equipe, um companheiro bem abaixo. Verstappen, assim, tem todos os ingredientes em mãos para tentar replicar o domínio acachapante de 2023 ou, quem sabe, até ampliá-lo. Pódio em todas as corridas, por exemplo, já que Singapura escapou? Pode ser.
E tem também aqueles recordes históricos, que também não devem ser desprezados: tentar se aproximar das 91 vitórias de Michael Schumacher, por exemplo — se repetir o ritmo de 2023, chega em dois anos, entrar no top-5 de poles, no top-4 de pódios, quem sabe um recorde de grand-chelem?
No fim das contas, a menos que um milagre aconteça e Ferrari, McLaren ou Mercedes surjam de forma espetacular, o favoritismo é todo de Verstappen e a briga é com ele mesmo e com os recordes pessoais e do passado.
O GRANDE PRÊMIO publica nesta semana um guia completo de tudo que é preciso saber sobre a temporada 2024 da Fórmula 1, que começa no próximo fim de semana, entre os dias 29 de fevereiro e 2 de março, com o GP do Bahrein. O GRANDE PRÊMIO transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após cada dia de atividade.
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