GUIA 2025: F1 abraça futuro e aposta alto em Bortoleto, Antonelli, Bearman e Lawson

Depois de uma temporada que começou sem nenhuma troca de piloto em relação ao ano anterior, a F1 2025 tem verdadeira invasão dos novatos. Também pudera, a categoria se vê diante da safra mais promissora dos tempos recentes, puxada por nomes como Gabriel Bortoleto e Andrea Kimi Antonelli

Se a F1 2024 começou com aquela sensação estranhíssima de continuidade no grid, 2025 vem com um frescor poucas vezes visto. É que o grid da categoria máxima chega quase todo mexido, mas não só isso: há uma verdadeira invasão dos novatos.

E é justíssimo que seja assim, diga-se. Depois de uma safra gloriosa espalhada por alguns anos que teve nomes como Max Verstappen, Charles Leclerc, Carlos Sainz, Pierre Gasly, George Russell e até Lando Norris, todos de uma geração parecida, a F1 encarou um período de vacas magras. Absolutamente normal, aliás, porque desde que o mundo é mundo existem tempos de seca. Neles, poucos foram os que se destacaram, com Oscar Piastri sendo exceção.

Agora, porém, o jogo virou. É uma turma que já despontava nos tempos de kart ou nos primeiros passos nos monopostos e que, agora, chega ao grid com responsabilidades altas. Alguns, inclusive, em equipes protagonistas.

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Gabriel Bortoleto terá ano de estreia desafiador na F1 (Foto: Sauber)

Gabriel Bortoleto

Não é nem necessário dizer que, pelo menos no Brasil, é Bortoleto o grande nome aguardado da safra de novatos. Campeão da F3 e agora da F2, Gabriel chega com o peso importante de encerrar a seca de pilotos brasileiros no grid e com a responsabilidade de tirar a Sauber da última posição ao lado de Nico Hülkenberg.

Bortoleto vai ter um companheiro duro, conhecido pela velocidade e pelos bons feedbacks que passa para os engenheiros da equipe, mas também a noção clara de que vai viver um ano de adaptação. No fim, é aprender tudo sobre o carro, sobre as pistas e chegar em 2026 nos trinques para receber a Audi e ser piloto de fábrica. Até lá, o que vier é lucro e resta fazer um feijão com arroz bem feito.

Liam Lawson

Lawson é um novato? Na prática, já não é mais tanto assim. Aos 23 anos, o neozelandês chega com 11 corridas na F1 no currículo e tendo vencido a disputa interna com Yuki Tsunoda para assumir a vaga de Sergio Pérez na Red Bull.

O desafio é dos maiores: não ser trucidado por Verstappen, algo que bons pilotos como Gasly, Alexander Albon e o próprio Pérez não foram capazes. Liam, pelo menos, já ouviu a Red Bull dizer que não há necessidade alguma de superar Max. É uma pressão a menos, mesmo que o cenário da equipe seja sempre de panela de pressão.

Andrea Kimi Antonelli faz a estreia na F1 em 2025 (Foto: Mercedes)

Andrea Kimi Antonelli

E por falar em pressão, que tal a situação de Antonelli? Com apenas 18 anos, o italiano tem, ao mesmo tempo, a responsabilidade de ocupar a vaga de Lewis Hamilton na Mercedes e o fardo de ser, a todo instante, comparado ao que Verstappen era no início da carreira com a Red Bull.

A chave para Antonelli em 2025 é domar a expectativa e conseguir ter o próprio tempo para se desenvolver. Cometer erros de novato vai ser algo totalmente normal, mas pode pesar mais no julgamento do rapaz. Talento e velocidade não faltam para tirar George Russell da zona de conforto dentro das garagens prateadas, ainda que a passagem pela F2 tenha sido de altos e baixos.

As novidades no grid da F1 2025 (Arte: Thiago Rocha/Grande Prêmio)

Oliver Bearman

Assim como Lawson, Bearman chega ao ano de novato na F1 já com alguma carga de experiência na categoria. É que, em 2024, o britânico foi o ‘super-sub’, entrando na vaga de Carlos Sainz na Arábia Saudita, por conta de uma apendicite, e na de Kevin Magnussen no Azerbaijão e em São Paulo, por suspensão e problemas de saúde.

Aposta forte da Ferrari, o inglês tem a missão de chegar incomodando Esteban Ocon na Haas, no sentido de não deixar o francês ser claramente o primeiro piloto do time. Ao mesmo tempo, tem de manter uma harmonia interna e provar, para os italianos, que merece uma chance em Maranello no futuro. Tem potencial, mas não vem de bom ano na F2.

Isack Hadjar espera subir dentro do grupo Red Bull na F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

Isack Hadjar

Hadjar chega à F1 com a Racing Bulls após ter empilhado impressionantes quatro vitórias em corridas principais da F2 em 2024. O título escapou no detalhe, em duelo pegado com Bortoleto, mas o franco-argelino mostrou velocidade e talento de sobras não só na temporada passada, mas desde que pintou com mais destaque na FRECA.

Com Tsunoda provavelmente deixando o esquema Red Bull ao final do ano, Hadjar só não pode ser atropelado pelo japonês para ficar em posição de ataque por uma vaga na equipe principal. Os desafios: convencer que é melhor que Lawson e, ao mesmo tempo, tomar cuidado porque Arvid Lindblad vem lá atrás chutando a porta.

Jack Doohan

Doohan nunca foi uma enorme promessa na base, mas é o clássico caso de alguém que estava no lugar certo e na hora certa. Pintou a chance na Alpine e o australiano agarrou, inclusive já tendo feito a estreia na corrida final de 2024, em Abu Dhabi.

O problema é que Jack é, certamente, o piloto mais pressionado de 2025. Quer dizer, a temporada nem começou e o australiano já está completamente fritado por Flavio Briatore, o homem da caneta na Alpine. A sombra de Franco Colapinto preocupa e Doohan aparentemente só não vai ser chutado se conseguir andar no ritmo de Gasly. O que, convenhamos, é bem complicado.

Fórmula 1 abre a temporada 2025 entre os dias 13 e 16 de março, no GP da Austrália, em Melbourne. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO E EM TEMPO REAL. O TL1 está marcado para a noite ainda da quinta-feira (13), a partir das 22h30. O TL2 começa já depois da 0h e, portanto, na madrugada da sexta-feira (14), às 2h. Depois, a situação se repete com o TL3 realizado às 22h30 da sexta-feira, enquanto a classificação define o grid de largada começando às 2h do sábado (15). Por fim, a largada está marcada para a 1h do domingo (16). Tanto classificação quanto corrida terão transmissão do GP em SEGUNDA TELA no YouTube, em parceria com a Voz do Esporte. O Briefing chega para comentar na GPTV após o fim de cada dia de atividades.

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Gabriel Bortoleto e Isack Hadjar ensaiaram largada e trouxeram um repeteco da final da F2 no ano passado (Vídeo: reprodução/F1)
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