Há 35 anos, Piquet vencia pela primeira vez e Fittipaldi subia ao último pódio da carreira na F1

Depois de conquistar a primeira pole, Nelson Piquet liderou nas 80 passagens do GP de Long Beach, em 30 de março de 1980, e ainda marcou a volta mais rápida da prova para vencer a primeira da carreira na F1. No mesmo dia, Emerson Fittipaldi, que largou em último, subiu ao seu último pódio na categoria

Foi em grande estilo, com direito ao chamado ‘Grand Chelem’ que Nelson Piquet venceu pela primeira vez no Mundial de F1. Há exatos 35 anos, em Long Beach, no GP do Oeste dos Estados Unidos, o brasileiro largou na pole, marcou a volta mais rápida e venceu de ponta a ponta a bordo de sua Brabham — o primeiro de 23 triunfos na categoria máxima do automobilismo.
 
O dia também foi especial para o público brasileiro por outro motivo: o 35º e derradeiro pódio do bicampeão Emerson Fittipaldi na F1. Ele foi terceiro a bordo do F7 depois de largar na última colocação.
A primeira vitória na F1 veio em Long Beach, em 1980. Emerson Fittipaldi foi terceiro (Foto: Divulgação)
Piquet, naquele dia, estava imbatível — mudou de vez seu status dentro do Mundial de F1. Já com 27 anos, ele estava em seu 25º GP. Depois de estrear na metade de 1978 pela Ensign e disputar três provas pela McLaren, foi contratado pela Brabham para as duas últimas provas daquele ano — correu só na última. Em 1979, no entanto, a escuderia dirigida por Bernie Ecclestone foi muito mal, somou míseros sete pontos com Piquet e Niki Lauda e ficou na oitava posição no Mundial de Construtores.
 
A reviravolta foi dada em 1980. A Brabham fez um carro muito melhor e permitiu a Piquet ser segundo no GP da Argentina e quarto no GP da África do Sul. No Brasil, abandonou com a suspensão quebrada.
 
Em Long Beach, partindo da ponta, disparou enquanto Patrick Depailler segurava o pelotão na segunda posição. Quando Alan Jones passou pelo francês, já era tarde. Piquet foi abrindo, abrindo e abrindo cada vez mais. No final, venceu com 49s de vantagem para Riccardo Patrese.

Aquilo encerrou uma seca de cinco anos sem vitórias brasileiras, desde Fittipaldi, ainda na McLaren, no GP da Inglaterra de 1975. Hiatos maiores aconteceriam anos mais tarde, entre 1993 e 2000 e desde 2009.


As imagens da carreira de Nelson Piquet na F1
#GALERIA(6)
 
Em terceiro, Fittipaldi foi o último a não levar volta do líder. O bicampeão largara na distante 24ª posição, mas foi conservando o carro e escalando o pelotão conforme os demais sofriam acidentes ou se retiravam com falhas mecânicas. Na metade da corrida, estava em nono. Dez voltas mais tarde, já ganhara cinco posições. Nas últimas passagens, superou John Watson e René Arnoux e garantiu o troféu.
 
Piquet manteve a boa performance ao longo do campeonato. Foi ao pódio mais cinco vezes naquele ano, conquistando vitórias na Holanda e na Itália. Seguiu com chances matemáticas de título até a penúltima etapa, quando Jones venceu no Canadá e foi campeão. Um ano mais tarde, ele enfim faturaria o primeiro dos seus três canecos.
 
Já Emerson pontuou só mais uma vez em 1980, em outro circuito de rua, o de Mônaco — foi sexto. Acabou o ano classificado na 15ª posição no Mundial de Pilotos. A equipe que levava o nome do clã foi a oitava colocada no Mundial de Construtores, com Keke Rosberg indo ao pódio no GP da Argentina e sendo quinto no GP da Itália.
 
O GP do Oeste dos Estados Unidos de 1980 também marcou a 100ª prova de Mario Andretti e a despedida do suíço Clay Regazzoni, que sofreu uma lesão nas costas em um acidente com Ricardo Zunino. Aos 40 anos, o veterano foi forçado a abandonar a carreira. O vencedor de cinco GPs na F1 passou pelas equipes Ferrari, BRM, Williams, Shadow e estava na Ensign.
FORAM-SE AS VAIAS

A cena era comum em 2013: Sebastian Vettel vencia, o povo vaiava. E aquilo claramente incomodava o alemão, que caminhava para o quarto título mundial. Ele sentia que aquela reação era injusta e que estava no alto do pódio porque trabalhara muito duro para isso junto da Red Bull. Mas o time era visto como vilão pela grande maioria do público. Já dizia Nelson Rodrigues: “As vaias são os aplausos dos desanimados”. Na primeira vitória pela Ferrari, o tratamento que Vettel recebeu foi completamente diferente.

O BOLÃO DA F1

A vitória de Sebastian Vettel rendeu financeiramente para Helmut Marko, consultor da Red Bull. O descobridor do alemão embolsou € 400 euros — pouco mais de R$ 1.400 — ao apostar no agora piloto da Ferrari à vitória do GP da Malásia deste domingo num 'bolão da F1' entre membros do paddock. "Sabia que Vettel podia conseguir. Já podia ver isso desde os treinos livres de sexta-feira", declarou Marko ao jornal alemão 'Bild', demonstrando o velho apreço pelo talento que descobriu.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.