Haas diz que “comunicação é chave” e cutuca ex-chefe: “Não trabalhava como equipe”
Ayao Komatsu, que assumiu o posto de chefe da Haas no início desta temporada, afirmou que o time “não trabalhava como equipe” durante a gestão de Guenther Steiner
A Haas passou pela maior mudança de comando de sua breve história na Fórmula 1 quando Guenther Steiner deixou o posto de chefe de equipe ao final de 2023. Com isso, Ayao Komatsu, que era engenheiro de longa data do time americano, foi promovido e assumiu o controle da escuderia. Segundo o japonês, muito mudou em termos de estrutura e cultura em comparação com o antigo chefe, que “não trabalhava como equipe”.
Komatsu destacou em entrevista ao podcast The Fast and Curious que tem priorizado a comunicação entre diferentes setores da equipe durante a gestão. Para o japonês, isso é uma novidade em relação à era Steiner.
Com isso, Komatsu afirmou que tem trabalhado melhor ao redor das atualizações e entendido como funcionam – ou se funcionam. Isso era algo que também faltou à Haas durante a gestão anterior, ainda de acordo com o atual chefe da equipe.
“Um dos principais problemas dos anos anteriores foi que a Haas não conseguia desenvolver o carro durante a temporada. Não conseguimos colocar atualizações que realmente funcionassem. E havia algumas pessoas dizendo que atualização era perda de tempo, que nunca funcionava. Mas, para mim, é o oposto. Quando a atualização não funciona, tem de realmente descobrir por que não funcionou”, disse.

“Para ser competitivo na Fórmula 1, tem de ser capaz de desenvolver o carro durante a temporada, não há dúvida. Se não estiver funcionando, precisa entender o motivo, e isso não acontecia porque não estávamos trabalhando como uma equipe”, continuou.
Para que fosse possível priorizar a comunicação entre grupos e o trabalho em equipe, Komatsu detalhou que promoveu uma “mudança de estruturas”, com vários cargos e profissionais sendo remanejados. Ainda assim, o dirigente destacou a importância de não ser uma ditadura e saber “maximizar” o potencial das pessoas no time.
“Temos pessoas na beira da pista que estão conduzindo a corrida. O trabalho delas é tirar o máximo possível e executar a prova com uma boa estratégia. Mas se os carros são lentos, o melhor possível não vai ser especial. Os dois pilotos são os que te dizem quais são os problemas do carro. Então, na verdade, precisamos entender isso e comunicar bem para o pessoal na Itália, os projetistas e aerodinamicistas que desenharam o carro”, descreveu.
“Essa comunicação entre os grupos é a chave. Então isso exigiu uma mudança de estruturas, mover algumas pessoas que eu acreditava não estarem no papel correto e colocar as pessoas certas nos lugares certos, criando uma estrutura que promova essa comunicação entre grupos”, detalhou.

“Não podemos ser uma ditadura, se é que me entende. Temos pessoas talentosas em todos os lugares. Então, se maximizar essas pessoas, se ouvirmos as opiniões, tenho certeza de que podemos tornar o carro mais competitivo, e é isso que venho tentando fazer”, encerrou.
Na atual temporada, a Haas está com 46 pontos somados e na sétima colocação do Mundial de Construtores. Apesar disso, a equipe está a apenas três pontos da Alpine, que ocupa a sexta posição.
Agora, a Fórmula 1 retorna entre os dias 21 e 24 de novembro para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos.
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