Haas diz que projeto na F1 é de longo prazo e vê Grosjean como ‘cara certo’ para cumprir primeira meta: “Marcar pontos”
No anúncio de Romain Grosejan como primeiro piloto da Haas no Mundial de F1, o chefe da nova equipe norte-americana rasgou elogios ao franco-suíço: “É uma peça do quebra-cabeça, será nosso primeiro piloto e vai nos ajudar a fazer a operação da equipe de F1”
A Haas F1 Team saiu do papel é se fez realidade com o anúncio oficial do seu primeiro piloto para a temporada de estreia na F1, em 2016. Romain Grosjean é o escolhido pela cúpula chefiada por Gene Haas e Gunther Steiner para liderar dentro da pista o mais novo time da categoria. O anúncio ocorreu nesta terça-feira (29), na sede do time em Kannapolis, na Carolina do Norte, e foi veiculado via internet.
Durante a oficialização de Grosjean como primeiro piloto e referência da equipe, Gene Haas deixou claro que não está na F1 apenas para fazer figuração e disse que trata-se de um projeto sólido e de muitos anos. “Isso é parte da nossa estratégia de longo prazo”, garantiu o dirigente, que vê em Romain o ‘cara certo’ para levar o time a cumprir seu primeiro objetivo na F1.
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“Sempre dissemos que queríamos um piloto experiente para nos liderar em 2016. A F1 é um meio complicado, e o melhor modo de aprender é aprender junto com os outros. Romain era um dos vários candidatos, está na F1 há muitos anos, tem sido um piloto excelente para a Lotus. Vi vários vídeos seus, o que impressiona é que ele marcou pontos em todas as temporadas, e este tem que ser o nosso primeiro objetivo: marcar pontos”, declarou o dono do time.
“É uma peça do quebra-cabeça. Ele vai ser o nosso primeiro piloto e vai nos ajudar a fazer a operação da equipe de F1”, acrescentou.
Gene Haas falou sobre a experiência no automobilismo como dono de equipe da Nascar, a mais popular e lucrativa categoria do automobilismo norte-americano. Em 2009, Tony Stewart virou sócio do time, que virou Stewart-Haas Racing, tornando-se uma das escuderias mais vitoriosas da Nascar nos últimos anos.
Ciente de que terá um grande trabalho pela frente na F1, Haas afirmou que o trabalho será feito aos poucos, mas baseado numa base sólida, como foi na Nascar. “Os principais ingredientes são os mesmos. Não desistir, manter-se olhando para a frente. A Nascar foi bem difícil. Ficamos cinco ou seis anos sempre na parte de trás.”
“Consigo simpatizar com quem está nessa situação. Fomos afortunados por fechar um acordo com Tony Stewart, e então vencemos no primeiro ano. É preciso encontrar as pessoas corretas”, afirmou.
“O Gunther me levou para conversar com o Bernie Ecclestone, que é o ‘poderoso chefão da F1’, e ele é bem direto. Disse para largar, porque viu muita gente entrando e sair. Continuei batendo na porta, e ele disse: ‘Se você realmente está falando sério, vamos abrir uma seleção para você’. A nossa direção agora é diferente da que a maioria das outras equipes vai, querem ser Construtores, e nós queremos aproveitar o máximo que pudermos da nossa parceira”, explicou, reafirmando que a ambição da Haas é muito além de ser somente mais uma equipe na F1, de forma distinta do que foram os últimos times que se aventuraram na categoria, sem sucesso.
Por isso mesmo, os planos de estreia, outrora programados para 2015, foram adiados para 2016. Tudo em nome do planejamento. “A nossa estratégia é diferente do que esses times encararam. Eles tinham um orçamento bem pequeno, seis meses para montar tudo, e o meu ponto de vista é que eles não tiveram tempo o bastante para montar seus carros e chegaram muito atrás. Essa provavelmente é a diferença conosco”, explicou.
“Estamos demorando bem mais para preparar o nosso carro, e, ao mesmo tempo, montando relacionamentos bem importantes. Quanto mais tempo você tem, mais tempo têm para desenvolver os relacionamentos que você precisa e encaixar as peças do quebra-cabeça. Você precisa de tempo”, justificou o dono da mais nova equipe do Mundial de F1.
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