Haas diz que sofreu muita pressão para ter piloto norte-americano e revela surpresa por conseguir contratar Grosjean

Alexander Rossi, jovem piloto norte-americano que recentemente fez sua estreia na F1 como piloto da Manor Marussia, sequer chegou a ser cogitado na Haas para correr em 2016: “Um novato com uma equipe novata não é o ideal”

Desde que começou a se falar nos pilotos que poderiam representar a Haas em sua temporada de estreia na F1, em 2016, a cúpula da equipe norte-americana reiterou várias vezes que gostaria de contar com nomes dotados de experiência. Assim, desde o começo, praticamente foi vetado o nome de Alexander Rossi, piloto californiano com um currículo restrito a piloto de testes antes de ter sido confirmado pela Manor Marussia para a disputa de cinco das etapas finais de 2015. Dentre tantos nomes ventilados, a Haas superou a pressão por contar com um norte-americano e atingiu seu objetivo ao conseguir fechar com o talentoso Romain Grosjean. E isso foi uma surpresa para o próprio Gene Haas.

“Estamos surpresos, estou surpreso que conseguimos pegar um piloto com a experiência que ele trás”, destacou o dono da equipe norte-americana durante o anúncio que oficializou Grosjean como primeiro piloto do time nesta terça-feira (29) em Kannapolis, na Carolina do Norte.

O chefão da Haas disse que contratar um piloto norte-americano não chegou a ser uma opção (Foto: Getty Images)

Entretanto, o franco-suíço sabe que não terá vida fácil pela frente, até porque será um dos pilares da nova equipe da F1. “Vai ser um desafio e ele vai trabalhar bem mais duro do que acha que vai”, comentou Haas.

Grosjean era a referência em termos de experiência que a Haas precisava para entrar forte no mundo da F1. O piloto de 29 anos sempre foi ligado ao time de Enstone, seja ele controlado pela Renault ou, nos últimos anos, pela quase-falida Lotus. Mas Romain conseguiu mostrar seu talento ao levar o carro preto e dourado ao pódio do GP da Bélgica, em agosto. Até que era finalmente chegada a hora de mudar de ares, e a Haas foi a grande oportunidade para dar um novo rumo à sua carreira na F1.

Quanto à pressão para contratar um piloto norte-americano, Haas justificou que não é o momento certo para tal. “Devo dizer que tivemos muita pressão para contratar um piloto norte-americano. Mas a realidade é que um piloto novato com uma equipe novata não é o ideal.”

“Queremos mostrar que como uma fábrica americana podemos competir na mais competitiva categoria do mundo, que é a F1. A intenção é fazer tudo o que for possível. Não queremos fazer do modo americano, é ter um carro competitivo e fazer o que pudermos para pôr o carro no grid com as pessoas corretas”, justificou o empresário, que aposta em Grosjean como o ‘cara certo’ para levar o time aos pontos e cumprir sua primeira meta na F1.

Resta, agora, a definição sobre o anúncio do segundo piloto. Haas e Gunther Steiner já revelaram a preferência por um dos reservas da Ferrari, parceira técnica da equipe e fornecedora do sistema de câmbio e motor a partir de 2016. Ou seja: Esteban Gutiérrez e Jean-Éric Vergne estão no radar, e um deles deve ser o escolhido para ser parceiro de Grosjean no ano que vem.

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