Haas elogia atitude “útil” de Schumacher na Fórmula 1: “É muito aberto a todas as ideias”

Mick Schumacher chegou ao grid da Fórmula 1 nesta temporada sendo credenciado pela campanha do título da Fórmula 2, no ano passado, e também por ser membro da Academia de Pilotos da Ferrari. Com apenas 22 anos, vive uma natural fase de aprendizado, mas também traz na bagagem suas convicções. Ainda assim, o novato se mostra aberto e acata o que o corpo técnico da Haas sugere em termos de decisões na pista. Quem revela é Ayao Komatsu, engenheiro-chefe da equipe norte-americana.

Em entrevista veiculada pela revista britânica Autosport, o japonês elogiou bastante a atitude do piloto alemão e lembrou que, no fim das contas, Schumacher tem sido um elemento importante dentro da Haas e ajuda muito com as informações coletadas na pista em trabalho junto aos engenheiros.

“Ficou claro para nós todos desde o início que ele é muito, muito aberto a todas as ideias. Então, se dissermos a ele: ‘Ok, vamos tentar isso, por que não vamos nesta direção?’. Mesmo quando não concorda com isso, ele fica feliz em tentar. Seja sobre o acerto do carro ou a gestão [dos pneus], o estilo de pilotagem, uma volta ou a distância de um stint, ele vai sempre tentar”, comentou.

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“Isso nos dá informações muito boas. Dando certo ou não, seja como for, ele assim o faz, de modo que recebemos os dados e o feedback”, salientou.

Komatsu ressaltou um dos momentos em que Schumacher manteve o controle quando tudo parecia dar errado em uma das sessões no fim de semana do GP do Azerbaijão em razão de problemas no carro. “Tenho certeza de que ele estava frustrado e com raiva no carro. Mesmo assim, ele ficou muito tranquilo, construtivo, nos deu um feedback incrível”.

“Então, quando você trabalha assim, é útil para todos. Ele deu um grande passo em todas as áreas, mas na gestão dos pneus acho que ele deu um grande passo nas últimas corridas”, elogiou.

Provocado a traçar um paralelo entre os dois pilotos da Haas, Schumacher e Nikita Mazepin, Komatsu entende que o alemão está à frente do russo. Ao falar sobre o também novato, o engenheiro disse que Mazepin “também está chegando lá”.

“Nikita gosta de muito mais estabilidade, especialmente nas curvas de alta velocidade, enquanto Mick consegue lidar com isso. Às vezes, para cuidar dos pneus, precisamos focar quase sempre em ter um carro que seja dócil para os pneus. São, portanto, exigências bastante distintas, e demorou um pouco para entendermos isso”, declarou.

“Acho que estamos chegando lá nesse aspecto. Mas uma coisa é o desempenho para uma volta e outra coisa é para os 300 km no domingo e com a gestão dos pneus. Mick está indo muito bem. Recentemente, ele deu um bom passo. Nikita também está chegando lá. Estava um pouco atrasado no começo. Parte disso também é para nós entendermos o quão diferente, digamos assim, uma característica que Nikita precisa para ele se sentir confortável”, acrescentou, sem mencionar qual é a tal característica.

“Ainda estamos trabalhando nisso. Mas ele está melhorando. Estamos simplesmente trabalhando de forma contínua em cima disso”, concluiu o engenheiro-chefe da Haas.

O GP da Hungria, o 11ª da temporada e o último antes das providenciais férias de verão na Europa, acontece neste fim de semana. O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.

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