Haas evita detalhes, mas reitera que encara caso de abuso de Mazepin “muito seriamente”

Guenther Steiner não quis dizer o que fará ou como a Haas vai lidar com o caso do russo, que divulgou nas redes sociais um vídeo com o momento em que toca no seio de uma mulher sem autorização

A Haas não conseguiu escapar das perguntas sobre o caso Nikita Mazepin no primeiro dia em Abu Dhabi. Nesta quinta-feira (10), Guenther Steiner assegurou que a equipe norte-americana está levando o caso muito a sério, mas não quis detalhar quais medidas serão adotadas pela equipe.

Confirmado titular da Haas em 2021, Mazepin postou na noite de terça-feira (9) um vídeo em que apalpava o seio de uma mulher sem consentimento. O russo era passageiro de um carro e estava filmando um amigo ao volante quando vira para trás, exibe a mulher e a toca. A moça, então, afasta a mão do piloto da Fórmula 2 e mostra o dedo do meio para a câmera.

Mazepin ainda fez questão de marcar a mulher na postagem e completou com a frase “ela é a melhor”. O vídeo foi apagado pouco depois.

Guenther Steiner garantiu que a Haas vai lidar com o caso Mazepin (Foto: Haas)

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Ainda na quarta-feira, cobrada nas redes sociais por um movimento que subiu a hashtag ‘#WeSayNotoMazepin’ [‘Dizemos não a Mazepin’, em português], a equipe norte-americana condenou o comportamento do piloto.

“A Haas não tolera o comportamento de Nikita Mazepin no vídeo recentemente postado na rede social. Ainda, o fato de que a gravação foi colocada em seu perfil também é abominável para o time. A questão está sendo lidada internamente”, escreveu.

O russo, então, também foi às redes sociais com um pedido de desculpas, mas sequer se referiu à mulher que tocou indevidamente.

“Gostaria de me desculpar por minhas recentes ações tanto em termos de um comportamento inapropriado quanto ao fato de ter postado nas redes sociais. Lamento pela ofensa que causei e a vergonha que trouxe para a Haas”, disse. “Preciso me segurar e me manter em um alto nível como um piloto de Fórmula 1 e sei que deixei muitas pessoas na mão. Prometo que irei aprender com isso”, completou.

Nesta quinta-feira, primeiro dia de atividades em Yas Marina para a final da temporada 2020 da Fórmula 1, Steiner foi questionado sobre o caso, mas apesar de ter evitado detalhes, assegurou que a Haas encara o caso com a devida seriedade.

“Estamos encarando isso muito seriamente, como vocês viram com o que divulgamos”, disse Steiner à publicação inglesa Autosport. “Só queremos reforçar que vamos lidar com isso”, assegurou.

“Não vou entrar em detalhes do que faremos ou como faremos, mas estamos levando a sério e vamos trabalhar para resolver o que aconteceu”, sublinhou. “Não tenho mais nada a dizer”, completou.

Também nesta quinta-feira, Fórmula 1 e FIA (Federação Internacional de Automobilismo) divulgaram uma nota conjunta sobre o que definiram como “ações inapropriadas” de Mazepin.

“Nós fortemente apoiamos a Haas na resposta às recentes ações inapropriadas de seu piloto Nikita Mazepin”, disse a Fórmula 1 em um comunicado nas redes sociais assinado em conjunto com a FIA. “Mazepin fez um pedido público de desculpas pela má conduta e essa questão seguirá sendo tratada internamento pela Haas”, seguiu.

“Os princípios éticos e a cultura diversa e inclusiva de nosso esporte são de máxima importância para a FIA e a Fórmula 1”, encerrou.

Esta, contudo, não é a primeira vez que Mazepin mostra um comportamento reprovável. O russo tem um histórico de polêmicas dentro e fora da pista.

Na etapa final da temporada 2020 da Fórmula 2, por exemplo, Mazepin empurrou Yuki Tsunoda para fora da pista e teve atitude antidesportiva em briga com Felipe Drugovich. O competidor, que havia terminado no pódio, recebeu duas punições de 5s e caiu para nono, dando o top-3 para o brasileiro.

Na corrida 2 da rodada dupla em Sóchi, se envolveu em um acidente com Jack Aitken e Noburo Matsushita, sendo penalizado em 15 posições no grid por uma “total falta de preocupação com seus companheiros”.

A lista ainda conta com pedidos de nudes para uma garota em troca de acesso ao paddock, foi proibido de correr a primeira corrida da temporada 2016 da F3 Europeia após um soco no rosto de Callum Ilot, comentários ofensivos por conta da pandemia do coronavírus, entre tantas outras coisas.

Questionado se a Haas teria de falar com Nikita sobre seu comportamento geral, Steiner respondeu: “Isso é parte disso, do que vamos falar particularmente com ele”.

“Não quero falar em público sobre como vamos fazer isso. Não quero comentar mais. Acho que devo pedir que as pessoas respeitem a privacidade, pois estamos tratando com seriedade. Mas vamos lidar com isso”, concluiu.

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