Hamilton administra pressão de Räikkönen nas voltas finais e fatura GP da Hungria. Senna termina em 7º

Largando da pole-position, Lewis Hamilton controlou as ações do GP da Hungria, disputado neste domingo (29), em Budapeste. O inglês precisou segurar Kimi Räikkönen no fim, mas, na realidade, sempre esteve mais forte que o finlandês, e assim conquistou sua segunda vitória na temporada de 2012. Bruno Senna terminou em sétimo, e Felipe Massa, em nono

Lewis Hamilton faturou sua segunda vitória da temporada de 2012 em um GP da Hungria bastante chato, mas de final imprevisível. Pole-position, o britânico dominou a prova disputada neste domingo (29), em Budapeste, perdendo o primeiro lugar apenas nas paradas de box, mas precisou conter os ataques de Kimi Räikkönen nas últimas 20 voltas para conseguir cruzar a linha de chegada na primeira posição.

Hamilton precisou brigar com a Lotus durante toda a prova. Nos primeiros dois terços de disputa, o segundo colocado foi Romain Grosjean, que largou ao lado do inglês na primeira fila e se mostrou rápido o tempo todo. Na segunda rodada de pit-stops, porém, veio o pulo do gato de Räikkönen, que esticou sua permanência na pista para superar Sebastian Vettel e Grosjean, subindo para a vice-liderança da corrida.

No fim, por mais que tentasse utilizar a asa traseira móvel para buscar uma manobra sobre a McLaren, o finlandês não conseguia, ineficaz que o dispositivo era no travado Hungaroring. Após 69 voltas, vitória inglesa, com uma margem de 1s. Grosjean completou o pódio. Esta foi a segunda vez em 2012 em que a Lotus viu seus dois pilotos ficarem entre os três primeiros – a outra foi no Bahrein.

Esta foi a terceira vitória de Hamilton em Budapeste: ele já vencera em 2007 e em 2009. Também foi a sexta da McLaren nas últimas oito edições da prova húngara. Na história, a escuderia de Woking é a maior vencedora do GP da Hungria, com 11 triunfos.

Vettel foi quarto, logo a frente do líder do campeonato, o aniversariante Fernando Alonso, que fez prova apagada, assim como Mark Webber, que foi só o oitavo. A diferença na ponta da classificação, com os resultados de hoje, subiu para 40 pontos, e Hamilton retomou o quarto lugar na tabela, e Kimi caiu para quinto. No Mundial de Construtores, a Ferrari perdeu posições para McLaren e Lotus. Estas duas, por sua vez, empataram na Hungria e seguem separadas por um ponto. Líder, a Red Bull tem 246, 53 a mais que a McLaren. A Ferrari tem 189.

Desta vez, os dois brasileiros terminaram na zona de pontuação. Bruno Senna fez boa largada e terminou em sétimo. Felipe Massa, por outro lado, caiu para nono na primeira volta, posição em que permaneceu até a bandeirada quadriculada em Budapeste.

Hamilton celebra sua segunda vitória na temporada e volta a sonhar com título (Foto: McLaren)

Saiba como foi o GP da Hungria, 11ª etapa do Mundial de F1

O GP da Hungria teve duas voltas de apresentação. Antes da largada, Charlie Whiting, diretor de prova da FIA, acendeu as luzes amarelas, abortando o procedimento. Schumacher, estranhamente, desligou seu carro e preferiu largar dos boxes, talvez por alguma nova estratégia de última hora da Mercedes, que foi muito mal no sábado.

Quando foi pra valer, a largada aconteceu sem maiores imprevistos, com Hamilton mantendo a liderança. Vettel chegou a ultrapassar Grosjean, mas o franco-suíço da Lotus retomou o segundo lugar na entrada da primeira curva.

Sebastian também perdeu a posição para Button, que assumiu o terceiro posto, seguido pelo alemão, Alonso — aniversariante do dia —, Räikkönen e Webber, que largou muito bem e subiu de 11º para sétimo. Aliás, o veterano foi o único dentre os ponteiros a iniciar a prova com pneus médios, enquanto seus rivais optaram pelos macios.

Senna superou Massa e passou em oitavo, seguido pelo compatriota, enquanto Hülkenberg completava a relação dos dez primeiros no início do 27º GP da Hungria, que tinha claramente a McLaren como grande favorita à vitória.

Hamilton manteve a ponta em uma largada sem incidentes na Hungria (Foto: McLaren)

Se a corrida se desenhava de maneira positiva para o time de Woking, era desastrosa para Schumacher. Ainda na primeira volta, o heptacampeão entrou nos boxes para colocar pneus médios. Mas o germânico excedeu o limite de velocidade no pit-lane e teve de cumprir uma punição com drive-through, voltando a ficar em último na prova.

No começo, a corrida seguiu em um padrão visto horas atrás na segunda etapa da GP2 em Hungaroring. O líder Hamilton tentava escapar e ganhar folga na liderança, mas Grosjean não dava trégua. Não havia, contudo, nenhuma grande briga por posições entre os ponteiros no princípio da corrida. A prioridade mesmo era poupar ao máximo os pneus, principalmente quem usava os compostos macios.

Toda a monotonia começou a mudar graças à abertura da primeira janela para troca de pneus. Em sua parada, na 19ª volta, Hamilton optou por trocar os pneus macios pelos médios, assim como Alonso. Mas Grosjean, Vettel e Räikkönen apostaram na ousadia e seguiram usando os macios. Webber, por sua vez, também continuou usando os compostos médios após sua primeira parada para troca de pneus.

Contudo, foram poucas as mudanças em termos de posicionamento após o fim da primeira janela de pit-stops. Hamilton seguia na ponta com vantagem pouco maior que 2s para cima de Grosjean, que lutava para se aproximar do britânico. Button vinha em terceiro, seguido por Vettel e Räikkönen, que ganhou o quinto lugar de Alonso em Hungaroring.

Mas o melhor rendimento dos pneus macios começou a ficar evidente, e Grosjean fazia volta mais rápida em cima de volta mais rápida para alcançar Hamilton na luta pela ponta. Com duas voltas abaixo de 1min27s, o piloto da Lotus baixou para menos de 1s sua desvantagem perante Lewis após 24 giros. Button, com tática igual ao do companheiro de McLaren, sofria pressão semelhante de Vettel — relembrando o duelo polêmico de Hockenheim —, mas conseguia se sustentar no terceiro lugar em Budapeste. Senna permanecia em oitavo, logo à frente de Massa.

Estava muito claro que a corrida seria definida mesmo pela estratégia, já que as brigas por posição eram cada vez mais raras. E foi apostando na tática que Button abriu a segunda janela de pit-stops na Hungria ao finalmente substituir os pneus médios pelos macios. O britânico antecipou sua parada e a fez na volta 35.

Aniversariante do dia, Alonso terminou em quinto e aumentou sua vantagem na liderança do Mundial para 40 pontos (Foto: Ferrari)

Aproveitando o melhor rendimento dos pneus macios — ainda que desgastados —, Räikkönen era o mais rápido da pista e lutava volta após volta para ganhar posições depois de sua parada. O finlandês cravou 1min25s728 e buscava antecipar ao máximo o segundo pit-stop. Depois das trocas de pneus de Hamilton, Grosjean, Vettel e Button, Kimi momentaneamente era o líder, 14s1 à frente de Hamilton após 42 voltas.

Dois giros depois, a Ferrari chamou seus pilotos. Alonso fez a parada primeiro, e Massa em seguida. Ambos continuavam com a mesma tática e seguiram na pista novamente com pneus médios, assim como Senna, que manteve a oitava colocação após seu pit-stop.

Finalmente, Räikkönen realizou seu segundo pit-stop na volta 46, colocando pneus médios. E foi Kimi o responsável pelo momento de mais emoção até àquela altura em Hungaroring. Logo após a saída do pit-lane, o finlandês emparelhou com Grosjean, que vinha para tomar o segundo lugar. Após chegar a tocar rodas com o companheiro de equipe, Räikkönen venceu o duelo e assumiu a segunda colocação, deixando Romain em terceiro, logo à frente de Vettel.

Na mesma volta em que Kimi fez sua segunda parada, Button, com tática bastante distinta, realizou seu terceiro pit-stop, voltando a usar os pneus médios depois de um stint com os macios. Mesmo com uma troca de pneus a mais, o piloto da McLaren aproveitou o melhor rendimento do MP4-27 e ultrapassou Senna, indo para cima de Alonso, que vinha em sexto.

Fato é que a tática de Räikkönen, aliado à boa gestão do E20 com os pneus, colocou o finlandês definitivamente na briga pela vitória com Hamilton. Sem tomar conhecimento de Grosjean e Vettel, Kimi partiu para cima do líder da prova, contrariando os prognósticos indicando que o britânico venceria com extrema facilidade na Hungria. A corrida finalmente ganhou contornos de emoção em suas últimas voltas no circuito de Budapeste.

Pastor Maldonado, que vinha sumido na corrida, também tratou de dar seu toque para deixar a corrida mais emocionante. Na disputa pelo 12º lugar com Di Resta, o venezuelano acabou tocando na Force India do adversário. Pastor foi considerado culpado e teve de cumprir um drive-through. Foi a sua sexta punição na temporada.

A Red Bull optou pela ousadia e chamou Webber e, mais tarde, Vettel para a terceira troca de pneus. Para ambos, os taurinos substituíram os pneus médios pelos macios para as últimas 11 voltas do GP da Hungria. Webber voltou logo atrás de Senna, sétimo, que já vinha com seus pneus bem desgastados, enquanto Sebastian retornou à pista imediatamente à frente de Alonso, que fez uma prova correta diante das possibilidades da F2012, bem inferior aos carros da McLaren, Red Bull e Lotus.

Com pista livre, Vettel voltou com ritmo bem mais rápido que os rivais, sempre virando abaixo de 1min25s. Webber, por sua vez, não teve a mesma sorte, já que voltou próximo de Senna, que tinha um ritmo de corrida mais lento, com pneus mais deteriorados. Lá na frente, Hamilton resistia bravamente aos ataques de Räikkönen e seguia firme rumo à sua segunda vitória na temporada, ao mesmo tempo em que Schumacher abandonava a prova, talvez a sua pior em 2012.

Na raça, Hamilton conseguiu ‘respirar’ e abriu uma vantagem que lhe desse certa tranquilidade para chegar na frente em Hungaroring. Foi a 19ª vitória da sua carreira, a terceira só em Budapeste. A McLaren chegou à sua quinta conquista nas últimas seis provas no circuito magiar. Grosjean consolidou um fim de semana incrível para a Lotus e fechou o pódio. Festa da McLaren, festa da Lotus em Hungaroring, festa de Senna, que suportou a pressão de Webber e conquistou seu melhor resultado desde o sexto lugar no GP da Malásia. Massa terminou em nono e somou mais dois pontos no Mundial.

F1, GP da Hungria, Hungaroring, final:

 

 

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