Hamilton deixa McLaren e forma dupla com Rosberg na Mercedes em 2013, crava jornalista

Da McLaren para a Mercedes: o futuro de Lewis Hamilton está definido. Campeão mundial de 2008, o inglês trocará, em 2013, a equipe que o acompanhou desde o kartismo e o colocou na F1 pela Mercedes, onde formará dupla com Nico Rosberg

Há algum tempo que a F1 não balançava por conta de uma troca de pilotos, mas uma grande mudança deve ser anunciada oficialmente nesta sexta-feira (28). O jornalista Tom Cary, do periódico inglês ‘The Daily Telegraph’, postou em sua conta no Twitter na noite desta quinta que Lewis Hamilton ocupará o lugar hoje pertencente a Michael Schumacher na Mercedes a partir de 2013.

Válido por três anos, o contrato entre o piloto campeão mundial de 2008 e a Mercedes envolve US$ 100 milhões (ou aproximadamente R$ 200 mi), mais de US$ 30 mi por ano. Antes do anúncio oficial, a equipe deve confirmar ainda que se acertou com Bernie Ecclestone e assinará o novo Pacto de Concórdia da F1.

A notícia de que Hamilton poderia trocar um carro prateado por outro começou a agitar os bastidores da F1 na semana do GP da Itália, no começo de setembro. Na ocasião, o ex-chefe de equipe e comentarista da BBC cravou que Hamilton defenderia o time germânico na próxima temporada. Após uma sequência de negativas de todas as partes, demorou três semanas para que tudo fosse selado de vez.

Há algum tempo que o olhar de Hamilton aponta para longe da McLaren (Foto: McLaren)

E tudo aconteceu em “segredo”. A McLaren apenas foi informada da mudança nesta quinta-feira, e deve, segundo o jornal inglês, organizar uma coletiva de imprensa na manhã de sexta para anunciar o próximo passo. Este é Sergio Pérez, mexicano que vai para seu terceiro ano na F1 em uma equipe grande, como publicou o colunista da Revista Warm Up Américo Teixeira Jr.

Assim, Hamilton deixa a equipe que o acompanha desde o começo da carreira, ainda no kartismo, e pela qual conquistou o título mundial de 2008. Este é o último ano do contrato do inglês com a McLaren, e sua renovação tem pautado o noticiário há meses.

Durante a novela, Hamilton chegou a declarar que, como condição para continuar em Woking, gostaria de ficar com os trofeus de suas vitórias. Historicamente, Ron Dennis, dono do grupo McLaren, não permite isso, por acreditar que as taças devem ficar com a equipe. Mas o motivo central da questão, mesmo, eram as cifras pagas ao piloto.

De acordo com as informações que circularam durante todo este período de indefinição, Hamilton gostaria de ganhar um salário maior do que o atual. No entanto, o contrato que está em vigor foi acertado antes de a crise mundial estourar e, por isso, o objetivo da escuderia era justamente o contrário: reduzir o salário do britânico.

Em 2012, Hamilton passou um bom tempo respondendo perguntas sobre seu futuro na F1 (Foto: McLaren)

A McLaren não divulga o salário de seus pilotos, mas, segundo a publicação francesa ‘Business Book GP 2012’, tanto o líder da temporada quanto seu companheiro, Jenson Button, recebem um salário de US$ 16 milhões (pouco mais de R$ 32 milhões).Dennis chegou a afirmar, neste meio tempo, que ganha menos do que seu funcionário.

Pouca gente sabe, mas esta não é a primeira vez que Hamilton e Nico Rosberg serão companheiros em uma equipe bancada pela Mercedes. Em 2000 e em 2001, quando os dois eram apenas garotos que andavam de kart, uma união entre Mercedes e McLaren (à época, parceiras na F1), liderada por Keke Rosberg, resultou na criação do Team Mercedes-Benz McLaren. Por duas temporadas, aqueles jovens talentos trabalharam juntos e o auge foi a conquista de Lewis no Campeonato Europeu de Kart.

Coincidentemente, Rosberg e Hamilton foram também os dois primeiros campeões da GP2, hoje, a principal categoria de acesso à F1. Respectivamente, a dupla conquistou o título do certame nos anos de 2005 e 2006.

A passagem de Hamilton pela McLaren

A estreia de Lewis Hamilton na F1 foi uma das mais badaladas de todos os tempos. Na McLaren, em 2007, o jovem inglês de 22 anos, o primeiro negro a competir na categoria máxima do automobilismo, chegou chegando. Foram nove pódios nas nove primeiras corridas, duas vitórias e a liderança do Mundial. Só que a temporada acabou sendo pra lá de tumultuada pelo escândalo de espionagem que envolveu McLaren e Ferrari e a guerra interna com Fernando Alonso. No fim, nem um, nem outro ficou com o título. O campeão do Mundial de 2007 foi o finlandês Kimi Räikkönen, de Ferrari, que reagiu na reta final com quatro vitórias nas seis últimas corridas e, por um ponto, bateu Hamilton e Alonso.

O ano seguinte foi o seu grande ano na F1. O duelo com Felipe Massa durou ainda mais que o de 2007: até a curva final do GP do Brasil. Com uma vitória a menos que o brasileiro e capengando na decisão do campeonato, Hamilton passou Timo Glock na Junção, assumiu o quinto lugar, que era o que precisava, e conquistou o título por um ponto.

Auge da carreira de Hamilton foi o título mundial conquistado no GP do Brasil de 2008 (Foto: McLaren)

2009 não foi um ano tão bom. Sem um grande carro numa temporada confusa, a McLaren conseguiu reagir no fim e Hamilton venceu duas vezes, na Hungria e em Cingapura. O campeão foi Jenson Button, reforço da McLaren para 2010. Muito se questionou sobre a capacidade da dupla trabalhar em conjunto, mas em dois anos e meio de convivência, nenhum grande conflito aconteceu.

Em 2010, Hamilton se deu melhor e chegou à decisão do campeonato com chances de título, mas terminou o ano em quarto. 2011, por sua vez, foi o ano de Button, que ficou com o vice enquanto Hamilton se esfregava aqui e ali com Massa.

Na atual temporada, Hamilton é um dos fortes candidatos ao título, embora tenha ficado um pouco distante após o GP de Cingapura. Vencedor de três corridas no ano, o inglês tem 52 pontos de desvantagem para Alonso, mas o melhor carro do momento nas mãos com seis GPs restando para o fim do ano e da passagem pela McLaren. Em seis temporadas, foram 24 poles e 20 vitórias. Mais uma e ele supera Mika Häkkinen como o piloto que mais venceu pelo time.

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