Hamilton diz que Itália “vai ser reveladora” sobre Ferrari e alerta: “Nem sempre posso fazer milagres”

Em alerta por conta da força demonstrada pela Ferrari na Bélgica, Lewis Hamilton é realista e entende que o estrago só não foi maior em razão da vantagem adquirida após os azares do rival Sebastian Vettel nas duas últimas corridas antes das férias

Definitivamente, o sinal de alerta está ligado em Brackley. A vitória acachapante obtida por Sebastian Vettel no último domingo (26) em Spa-Francorchamps, dominada pela Mercedes nos últimos três anos, não apenas confirmou que a rival Ferrari está mais forte, mas também revelou fraquezas do carro prateado. A forma como foi batido pelo alemão deixou Lewis Hamilton muito preocupado, a ponto de lembrar que só seu talento não vai ajudar na luta pelo penta. “Nem sempre posso fazer milagres”, avisou.
 
Em entrevista coletiva pouco depois da prova na Bélgica, Hamilton lembrou que a Mercedes teve sorte na disputa contra a Ferrari nas duas últimas corridas antes das férias de verão: primeiro, com o abandono de Vettel no GP da Alemanha, onde o tetracampeão caminhava para a vitória e errou na chuva; na Hungria, Lewis levou a melhor em um treino classificatório em que teve a ajuda da chuva, largou na pole e não foi mais superado, faturando duas vitórias nos campos onde a Ferrari demonstrava ter muito mais chances de triunfar.
 
Hamilton comparou as circunstâncias de antes das férias de verão a um blefe, mas lembrou que nem sempre dá para continuar blefando quando se tem um adversário que conta com as melhores cartas nas mãos.
Lewis Hamilton analisa o carro de Sebastian Vettel após a derrota em Spa-Francorchamps (Foto: Reprodução)

“Eles tiveram a vantagem perante nós por algum tempo. O pêndulo balançou um pouco. Diria que, nas duas corridas anteriores em particular, acabamos por fazer um trabalho melhor. Jogamos melhor com as cartas que tivemos do que eles, apesar de eles terem um carro melhor. Nós quase chamamos de blefe. Mas só algumas vezes dá para fazer isso”, lembrou.

 
“Se você continuar jogando as cartas e blefando, apenas algumas vezes você pode fazer isso antes que seu adversário perceba”, comentou.
 
O britânico disse também que a derrota para o rival em Spa “teria sido mais dolorosa” não fosse pela ainda ampla vantagem que ostenta para Vettel no campeonato. A ‘gordura boa’ que Hamilton sustenta, 17 pontos de frente para Seb, fez com que o revés não fosse ainda mais destruidor.
 
Passado o fim de semana difícil em Spa-Francorchamps, Hamilton segue para Monza, casa da Ferrari, com a expectativa sobre o que de fato a equipe de Maranello vai poder apresentar, se vai manter o nível de performance exibido na Bélgica ou se a Mercedes vai poder chegar mais perto.
 
“Essa próxima corrida vai ser muito reveladora. As próximas duas ou três corridas de fato vão mostrar se eles vão continuar a sustentar essa alta performance. Obviamente, a Ferrari está muito melhor em relação ao ano passado, eles nos passaram com tudo na largada [em Spa]. Não dava para igualar”, lembrou.
 
Questionado sobre como sua motivação pode fazer a diferença na batalha contra Vettel e o carro da Ferrari, Lewis deixou claro só força mental e talento não bastam. “Somente algumas vezes posso fazer isso. Nem sempre posso fazer milagres. Haverá momentos como hoje, quando isso não dá certo. Ainda podemos vencê-los nas corridas, só não sei em quais delas vamos estar lá”, ponderou o tetracampeão, lembrando ainda que também não pode contar sempre com a ajuda dos céus, como já aconteceu em algumas oportunidades ao longo da temporada. “A chuva cria oportunidades, mas não podemos apostar somente nisso. Temos de melhorar nossa performance para que possamos tirar o máximo de proveito no seco”, finalizou.
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