Hamilton diz que segurança tirou noção do risco e Ricciardo pede: “Respeite o que fazemos”

Lewis Hamilton avaliou que o aumento da segurança no esporte a motor fez diminuir nos fãs a noção dos riscos envolvidos. Daniel Ricciardo considerou que o público não consegue ter a noção real do perigo e pediu que os fãs tenham respeito pelo trabalho dos competidores

Tal qual tinha feito pelo Instagram, Lewis Hamilton voltou a dizer que o aumento na segurança fez com que o público perdesse a noção dos riscos envolvidos no esporte a motor. Na visão do #44, o distanciamento entre os fãs e o esporte também atrapalha neste entendimento.
 
O #44 traçou paralelos com outros esportes e lembrou que os fãs não têm a chance de experimentar a mesma sensação que os pilotos.
 
“Acho que é difícil, porque, como eu sempre disse, não é como nos outros esportes onde qualquer um de nós pode ir e chutar uma bola”, disse Hamilton. “Se alguém já fez um bom serviço no tênis e se sentiu como Roger Federer ou marcou um gol e se sentiu como um profissional, você não pode ir e fazer o que nós fazemos nesses carros de corrida e se aproximar do que nós experimentamos”, continuou.
Lewis Hamilton avaliou que o público não tem a noção real dos riscos do esporte  (Foto: Beto Issa)
O britânico acredita que, se o número de mortes fosse mais elevado, o público teria uma noção mais real dos riscos envolvidos no esporte.
 
“É diferente quando tem morte constantemente, porque fica mais na mente das pessoas. Acontece muito menos e nós passamos pelo fim de semana como se fosse um evento esportivo divertido, mas, nossa, ainda é super perigoso e nós ultrapassamos os 320 km/h e na maior parte do tempo nós estamos no ou acima do limite”, comentou. “É difícil quando não tem muitos acidentes o tempo todo, por causa das áreas de escape que temos, mas o fator do perigo ainda está lá e foi esse o ponto que eu tinha de mencionar e garantir que não fosse esquecido”, defendeu.
 
“Isso precisa ser lembrado por todos nós e, até mesmo os meus engenheiros ou os caras que trabalham na garagem precisam lembrar. Coisas como o último fim de semana acontecem e todos ficam chocados, mas ainda é um esporte perigoso e nós precisamos continuar trabalhando para torná-lo mais seguro”, defendeu.
 
 
Falando aos jornalistas nesta quinta-feira, Daniel Ricciardo repreendeu a atitude do público e fez questão de lembrar os riscos envolvidos no esporte.
 
“Quer você goste de alguém ou não, não é legal celebrar a queda ou o erro de alguém. [Hamilton] acha que o público assume que foi um acidente ok ou algo assim. Mas não é assim. Toda vez que vamos para a pista, existe um risco, e, toda vez que batemos no muro, estejamos bem ou não, isso ainda joga algo na sua mente”, afirmou o australiano. “Se você bate, toda vez que volta àquela curva, tem algo psicológico lá. Tem um impacto de um jeito ou de outro, física ou mentalmente. Talvez seja disso que ele estava falando”, seguiu.
 
“Eu concordo com ele, mas também é duro, pois um fã, a menos que você corra e se coloque nessa posição, nunca pode experimentar o que nós experimentamos. É como aqueles de nós que assistem boxe ou UFC, nós torcemos e dizemos para fazerem isso ou aquilo, continuarem lutando, levantarem, é só um pouco de sangue. Mas não somos nós naquela posição. Se fossemos nós, nós agiríamos ou responderíamos de maneira muito diferente”, opinou. “É simplesmente a natureza de ser um fã em um esporte no qual você não compete. É duro realmente compreender ou entender. Tudo que podemos pedir é que, se você é um fã, seja um fã de verdade e respeite o que fazemos, a habilidade e os riscos”, concluiu.
 
O GP da Itália de F1 está marcado para o domingo (8), às 10h10 (de Brasília). Acompanhe a cobertura AO VIVO e EM TEMPO REAL do GRANDE PRÊMIO.
 

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