Hamilton lembra Schumacher e Barrichello na Áustria em 2002 e se posiciona contra ordens de equipe na F1

Na esteira do incidente ocorrido na última volta do GP da Áustria, no último domingo, Lewis Hamilton pediu que a Mercedes mantenha sua política de deixar a disputa livre entre seus pilotos e se posicionou contra qualquer ordem de equipe, algo considerado por Toto Wolff ao ver outro embate entre o britânico e Nico Rosberg na temporada 2016

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O confronto entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton na volta derradeira do GP da Áustria de F1, no último domingo (3), irritou Toto Wolff, chefe da Mercedes. O dirigente austríaco criticou a postura dos seus dois pilotos e avisou que considera a possibilidade de adotar ordens de equipe daqui em diante para evitar o risco de ver seus dois carros fora da corrida, como aconteceu na Espanha, em maio. Mas Hamilton citou o desfecho do GP da Áustria de 2002, quando Rubens Barrichello deixou Michael Schumacher passar para vencer a corrida nos últimos metros após ordem da Ferrari, como um exemplo a não ser seguido pela Mercedes.
 
“Quero correr! Eu cresci querendo correr. Queria chegar à F1, correr melhor e ser o melhor, pilotando melhor que qualquer outro”, afirmou Lewis durante entrevista coletiva pouco depois da corrida no último domingo. 

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Lewis Hamilton deixou claro que não quer saber de ordens de equipe na Mercedes (Foto: Beto Issa)

“Eles mostraram o replay de Michael e Barrichello há muitos anos, e fiquei decepcionado como um fã na época. Você nunca quer ver ordens de equipe acontecendo. O bom é que Toto e Niki [Lauda] têm sido excelentes e nos permitem correr, e é assim que são as corridas”, comentou o britânico, que não quer mudanças na postura da Mercedes.

 
“Nem sempre vamos ter tudo perfeito, mas isso é automobilismo. É assim com cada engenheiro e mecânico desde a F-Ford e a F-Renault e em diversas categorias. Vi o bom e o ruim e sei que essas coisas podem acontecer”, disse.
 
“Nós estamos guiando a 320 km/h. Você espera que a gente guie e nunca, nunca ter um problema? Duvido. Espero que isso não mude e espero que nós possamos seguir competindo. Essa é minha sincera opinião por amor ao esporte”, complementou.
 
Hamilton se eximiu de culpa no incidente com Rosberg e ainda deu uma leve alfinetada no rival ao falar sobre o incidente em Spielberg. “Não é algo que eu queira me envolver. Não saí para provocar batidas. Como você pode ver, guiei da forma mais limpa possível, dentro das linhas brancas, então deixei muito espaço. Três carros poderiam ter vindo por dentro do meu lá.”
 

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“Como um chefe de equipe e como um time, a equipe queria terminar em primeiro e segundo. Este é nosso objetivo e meu objetivo, embora quisesse que eu esteja à frente na dobradinha”, disse o piloto, reafirmando sempre o espírito competitivo.

 
“Mas certas circunstâncias nos levaram para onde estamos hoje. Temos muitas corridas pela frente e vamos continuar correndo. Estou lutando pelo título mundial, então nós vamos seguir lutando. Espero que, diante dessas experiências, isso não aconteça mais e espero muito menos do que tivemos até agora neste ano. Espero que essa neblina se dissipe e que continuemos correndo e seguindo em frente”, concluiu.
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