Hamilton prega respeito, mas ao mesmo tempo alfineta Vettel: “É difícil avaliar o quanto ele é bom”

Com o tricampeonato mundial de F1 garantido desde o GP dos Estados Unidos, Lewis Hamilton já deixou claro que gostaria de ter com Sebastian Vettel uma grande rivalidade para a sequência da sua carreira na F1. E, a julgar por isso, o piloto da Mercedes já começou a por em prática o plano de guerra psicológica para alfinetar o alemão. O britânico colocou em xeque o verdadeiro potencial de Vettel, apesar dos seus quatro títulos mundiais, já que o hoje piloto da Ferrari jamais teve um companheiro de equipe com um nível à sua altura.

 

Desde sua estreia, Vettel teve como parceiros de equipe Nick Heidfeld, Vitantonio Liuzzi, Sébastien Bourdais, Mark Webber, Daniel Ricciardo e Kimi Räikkönen. Em alguns momentos da parceria com Webber na Red Bull, entre 2009 e 2013, Sebastian chegou a travar alguma rivalidade. Já no ano passado, o alemão foi batido por Daniel Ricciardo e terminou em quinto. 

Até que optou por deixar a Red Bull e aceitar o desafio de ser piloto da Ferrari em 2015, levando o time de Maranello a uma grande reação depois de uma temporada bastante ruim. Neste ano, Vettel passou a ter como companheiro de equipe Kimi Räikkönen, que, apesar de estar garantido na equipe italiana em 2016, já está na fase final da carreira.

 

Hamilton pregou respeito ao tetracampeão, mas, ao considerar o histórico dos seus companheiros de equipe, acredita que é difícil saber qual é o verdadeiro nível de Vettel.

 

“Tenho um grande respeito por ele, mas é difícil avaliar o quanto ele é bom, na verdade. Ele nunca esteve numa equipe com alguém como Fernando Alonso, mas sempre com gente como Mark Webber, que não rendia ao seu nível, ou com Kimi Räikkönen, que já não está no melhor momento da carreira”, declarou Lewis em entrevista à revista alemã ‘Sport Bild’.

 

Hamilton, por sua vez, teve Alonso como seu primeiro companheiro de equipe. Foi justamente com o espanhol, na estreia na F1 correndo pela McLaren, que Lewis travou uma rivalidade explosiva que culminou com a saída do bicampeão do mundo do time de Woking ao fim da temporada de 2007.

 

Depois da saída de Alonso, Lewis teve Heikki Kovalainen como companheiro de equipe entre 2008 e 2009. A partir de 2010, o britânico formou dupla caseira com Jenson Button, único piloto que o bateu, em 2011. E a partir de 2013, quando deixou a McLaren para substituir Michael Schumacher na Mercedes, o piloto passou a ter como companheiro de equipe Nico Rosberg, antigo amigo que se tornou rival.

 

Questionado sobre seu primeiro ano e o fato de ter, logo de cara, de enfrentar um companheiro de equipe do calibre de Alonso, Hamilton disse que tinha a convicção de que poderia batê-lo. Ao fim daquela polêmica temporada, ambos ficaram empatados em 109 pontos e perderam, por um ponto, o título para Kimi Räikkönen. Entretanto, nos critérios de desempate, Lewis ficou à frente de Alonso.

 

“Antes da minha estreia em 2007, sabia que seria difícil bater Alonso, mas também intuía que poderia fazê-lo. Ainda lembro, antes da minha primeira corrida, que Ron Dennis me disse que não deveria ficar muito decepcionado se Alonso me batesse por larga margem. Mas já sabia que isso não ia acontecer”, declarou o tricampeão da F1.

 

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