Hamilton segue discurso de Massa e não se opõe a cockpit fechado “desde que seja bom para segurança e as corridas”

A geração da F1 pós-Ayrton Senna, da qual também faz parte Lewis Hamilton, não consegue mensurar a dimensão de uma perda trágica como a de Jules Bianchi. O britânico, ainda bastante consternado pela morte precoce do piloto francês, disse que não se opõe à ideia de carros com cockpit fechado, desde que não atrapalhe o espetáculo e proporcione mais segurança aos competidores

A F1 chega a Hungaroring para a disputa do GP da Hungria em estado de choque. Consternada, entristecida e em luto pela morte de Jules Bianchi, a categoria tenta voltar ao seu curso normal no fim de semana da décima etapa da temporada 2015, mas com discussões que vão muito além da competição em si. Os debates sobre a segurança do esporte voltaram à baila nos últimos dias.

A geração pós-Ayrton Senna enfrenta o difícil momento que é ter de lidar com a perda de um companheiro de profissão. Algo difícil de dimensionar, segundo Lewis Hamilton. Piloto em melhor fase na F1 atual, líder da temporada e seguindo a passos largos rumo ao tricampeonato mundial, o britânico da Mercedes seguiu o discurso de Felipe Massa e disse que, se for para o aumento da segurança dos pilotos, não é contra à adoção de carros com cockpit fechado.

Hamilton, sobre a morte de Bianchi: "É algo que você jamais quer ver no esporte" (Foto: AP)

“Vi algumas fotos no mês passado, acho que era de uma McLaren, e parecia legal. Se isso iria funcionar, não sei, mas definitivamente estamos sempre falando de segurança. Imagino que, em algum momento, poderia haver alguma mudança do tipo na F1”, afirmou Lewis em entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira (23) no circuito de Hungaroring.

“Não me oponho nunca a quaisquer mudanças, desde que isso seja bom para a segurança e para a corrida e que também não tire o fator diversão. Se isso afetar a pilotagem, então não é bom”, assegurou o piloto.

Ainda que não tivesse sido mais próximo de Bianchi, como foram Massa e Pastor Maldonado, por exemplo, Hamilton não escondeu a tristeza por ver um parceiro de grid perder a vida de forma tão precoce.

“É algo que você jamais quer ver no esporte. É difícil entender a magnitude disso. É doloroso demais ver as pessoas tristes. Não posso dizer que fui amigo de Jules, não o conhecia muito bem. A cada repórter que me pergunta, sinto que não consigo falar sobre ele. O fato é que estamos aqui hoje e estamos saudáveis, mas há um cara talentoso que não está mais entre nós”, lastimou.

Em Hungaroring, Hamilton pode quebrar um recorde importante. O britânico está empatado com Michael Schumacher como o maior vencedor do GP da Hungria e, se vencer no domingo, vai chegar a cinco vitórias, se isolando como o grande nome da história da prova, que chega à 30ª edição no fim de semana.

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