Hamilton vê racismo como “muito proeminente” no mundo e acredita que “isso não vai mudar por muito tempo”

Lewis Hamilton é um advogado importante para muitas questões sociais. Um dos atletas mais populares do mundo, o primeiro homem negro a ser campeão mundial de F1 avaliou que o racismo ainda é enorme do mundo e que não vê mudanças possíveis no futuro

Um dos maiores e mais famosos esportistas do mundo, Lewis Hamilton tem poder nas mãos para fazer críticas importantes – e faz isso. Nesta semana, após um episódio de racismo no futebol, o pentacampeão mundial foi ao Instagram – onde tem mais de 10 milhões de seguidores – para falar do assunto. Nesta quinta-feira (28), durante entrevista no Bahrein, falou um pouco mais sobre racismo.
 
O episódio em questão aconteceu durante a partida entre Montenegro e Inglaterra pelas eliminatórias para a Eurocopa de 2020. A torcida montenegrina realizou cantos racistas – já colocados sob investigação pela UEFA, órgão que comanda o futebol europeu. 
 
Hamilton falou que o racismo ainda é muito grande no mundo e que não espera que isso mude num futuro próximo. 
 
"É insano pensar que nestes tempos ainda é algo muito proeminente no mundo. Está realmente aqui, no mundo todo. Racismo ainda é uma questão, o que é triste de ver. Não parece que vai mudar muito nos próximos anos. É ótimo ver gente se levantando e dando apoio, mas não parece que qualquer coisa vá mudar em muito tempo", afirmou.
Lewis Hamilton (Foto: Mercedes)

Além de racismo, Hamilton explica que, hoje em posição de poder, tem a oportunidade de tratar de assuntos importantes onde julga necessário começar discussões.

 
"Estou obviamente numa posição privilegiada, onde tenho muito poder, particularmente nas redes sociais. Há coisas que vejo o tempo todo, muita coisa que eu não posto, mas quero postar. Você precisa manter o equilíbrio, porque tenho seguidores mais velhos, mais jovens, então é preciso escolher o que você vai ou não mostrar", falou.
 
"Há muitos problemas no mundo ainda hoje. Algumas coisas eu posso colocar nas mídias sociais e as pessoas podem reagir e começar uma conversa", explicou.
 
O piloto da Mercedes lembrou que a opinião dele no assunto começou a ser forjada ainda na juventude e pediu mais apoio na luta contra o racismo. 
 
"As pessoas precisam lutar mais contra isso. Lembrei agora de estar na escola: quando você é jovem e ganha um tapa na mão e as coisas fluem, você não acha que isso deva acontecer. É necessário que ações sejam tomadas e as pessoas aceitem isso muito menos", encerrou.
 
O GP do Bahrein acontece neste fim de semana, e o GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades EM TEMPO REAL. O TL1 começa às 8h (de Brasília) desta sexta-feira, 29 de março. 
 
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