Hill filosofa, diz que Hamilton era “pássaro enjaulado na McLaren” e defende mudança para Mercedes

Campeão mundial de F1 em 1996, Damon Hill aprovou a ida de Lewis Hamilton para a Mercedes e disse que “um piloto é muito mais importante para o esporte do que as equipes gostariam”

A saída de Lewis Hamilton da McLaren para a Mercedes na próxima temporada representa uma espécie de grito de liberdade. A opinião é de Damon Hill. Campeão de 1996 e dono de carreira vitoriosa na Williams, além de passagem por Brabham, Arrows e Jordan, o britânico defendeu a atitude do compatriota, oficializada na última sexta-feira (28), e filosofou: “Lewis era um pássaro enjaulado na McLaren”.

Em entrevista concedida para o diário britânico ‘Daily Mail’, o campeão mundial entende que a transferência será benéfica para Hamilton. “Eu não posso culpa-lo por buscar uma mudança para outro lugar. Lewis precisava deixar a McLaren para esticar suas asas”, opinou Hill.

Damon Hill defendeu a ida de Hamilton para a Mercedes: "Era um pássaro enjaulado na McLaren" (Foto: McLaren)

Hamilton teve praticamente toda sua carreira vinculada à McLaren. Contudo, na visão de Hill, o piloto é mais importante que uma equipe e tem todo o direito de buscar novos desafios. Em 1996, depois de ter conquistado seu único título mundial, Damon foi substituído na Williams — onde correu desde 1993 como titular — por Heinz-Harald Frentzen, foi para a Arrows, onde ficou um ano, até ser contratado pela Jordan, equipe por onde encerrou a carreira, em 1998.

“Isso mostra uma mudança no equilíbrio de forças da F1. Isso mostra que um piloto é um componente muito mais importante no esporte do que as equipes gostariam de pensar. A F1 faria bem em lembrar o público que a carreira do piloto é maior que qualquer equipe, com exceção da Ferrari. O resto são meras operações. Para o público, o esporte são os pilotos”, disse.

Hill foi além e disse que a essência do esporte a motor está nos pilotos e que as equipes tendem a usar a F1 apenas como plataforma de marketing e desenvolvimento de novas tecnologias, por exemplo.

“Há uma enorme desconexão entre a filosofia de uma equipe e de um piloto. Os pilotos apenas querem correr, eles não veem a F1 como um exercício de marketing ou desenvolvimento de produtos. Para uma equipe, um piloto é um mercenário. Mas os pilotos têm direito a uma carreira. Eles não pertencem a uma equipe”, afirmou, deixando clara a sua opinião favorável à transferência de Hamilton para a Mercedes em 2013.

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