Horner defende permanência de Bernie no comando da F1: "No dia em que ele sair, vai ficar muito pior"

Acusado de suborno pela justiça alemã, Bernie Ecclestone ganhou o apoio dos dirigentes de Red Bull e McLaren para continuar à frente da F1 e continuar negociando por um novo Pacto de Concórdia

Dirigentes de duas das principais equipes do Mundial de F1, Christian Horner, da Red Bull, e Martin Whitmarsh, da McLaren, não acreditam que Bernie Ecclestone, hoje com 82 anos, deva se afastar da categoria em um momento de incerteza como o atual. Eles acreditam que, caso isso aconteça, o impacto será grande.

Desde o fim do ano passado, as equipes que disputam o Mundial de F1, a FOM – empresa de Ecclestone que administra o campeonato – e a FIA tentam chegar a um acerto por um novo Pacto de Concórdia, mas ainda sem sucesso. Dez dos 11 times já se acertaram com o detentor dos direitos comerciais do Mundial – a exceção é a Marussia –, contudo, ainda é preciso chegar a um consenso que finalmente permita a assinatura do acordo trilateral, ou seja, o entendimento com a FIA.

Ecclestone tem o apoio de Christian Horner, chefe da Red Bull (Foto: Beto Issa)

Enquanto essas negociações se desenrolam nos bastidores da F1, Ecclestone precisa se preocupar também com as investigações de um escândalo de suborno que estão sendo conduzidas pela justiça alemã. Ele foi acusado de pagar propina para o banqueiro Gerhard Gribkowsky durante a venda das ações da F1 para o grupo financeiro CVC.

“Para ser bem franco, a F1 é o que é por causa de Bernie Ecclestone. Sem ele, estaríamos em muitos problemas”, afirmou Horner no último fim de semana, em Silverstone. A mesma linha de raciocínio foi adotada por Whitmarsh. “Suspeito que, se não tivéssemos Bernie na mistura, esse processo levaria muito mais tempo e seria mais difícil", avaliou.

Para o chefe da McLaren, há, sim, certo grau de incerteza pelo fato de não existir um Pacto de Concórdia, entretanto, “o esporte confia em Bernie para juntar essas coisas”.

“Eu acho que nós teríamos níveis maiores de incerteza se Bernie saísse do cargo”, adicionou o britânico.

Horner pensa que seria melhor para todos que Bernie continuasse comandando a F1 pelo máximo de tempo possível. “No dia seguinte à saída dele, o esporte vai ficar muito pior. Então, não importa em qual situação ele esteja, não consigo ver uma pessoa melhor para fazer esse trabalho – que nenhum de nós compreende inteiramente o significado – do que Bernie”, falou.

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