Horner volta a culpar Renault por queda de desempenho da Red Bull e diz: “Sentimos falta das vitórias”

O chefe da Red Bull já não faz mais nenhuma questão de esconder sua insatisfação com o trabalho feito pela Renault quanto ao desempenho dos motores entregues aos taurinos. Contudo, Christian Horner não tem dúvidas e acredita que voltará a ver sua equipe brigando por vitórias e títulos na F1, como foi na primeira parte da década

Christian Horner voltou a culpar a Renault pela queda aguda de desempenho da Red Bull na temporada 2015 da F1. Em um cenário bem distinto em relação ao começo da década, quando a parceria entre fornecedora e equipe rendeu nada menos que oito títulos mundiais entre 2010 e 2013, além das três vitórias conquistadas por Daniel Ricciardo no ano passado, hoje a escuderia de Milton Keynes tem como melhor resultado um modesto quarto lugar obtido por Daniil Kvyat no GP de Mônaco.

Na visão do chefe de equipe da Red Bull, hoje a equipe depende demais de um bom motor para voltar ao topo do esporte. Enquanto aguarda por uma evolução significativa do propulsor construído em Viry-Châtillon, resta a Horner a lembrança dos tempos de ouro da Red Bull na F1.

“Estamos acostumados a vencer, e sentimos falta disso. Todos estão famintos por voltar a estar no topo, e isso faz com que lembremos ainda mais dos bons tempos”, declarou o dirigente britânico em entrevista ao diário londrino ‘Express’.

Apesar da insatisfação com a Renault, Christian Horner não tem dúvidas: "Voltaremos ao topo" (Foto: Getty Images)

“O que conseguimos em tão pouco tempo é impressionante. Mas voltaremos ao topo, não tenho nenhuma dúvida. A questão é quanto tempo isso vai levar”, continuou.

Segundo Horner, não há nada que a Red Bull possa fazer no sentido de melhorar a performance do motor. “Você só pode controlar as coisas que estão nas tuas mãos. Há algumas coisas que não estão sob o nosso controle. Por exemplo: o motor hoje é uma parte importante da nossa competitividade, e não podemos controlar isso.”

“Mas podemos controlar os aspectos que estão sob nosso controle. Nosso objetivo é garantirmos que, quando tivermos o motor, tenhamos chassi e a equipe capacitada para dar o melhor”, complementou.

Depois do GP da Hungria, décima etapa da temporada 2015, no próximo fim de semana, a F1 entrará num recesso de quatro semanas durante o verão europeu. Um tempo mais do que esperado para o recém-casado Horner, que busca ‘desconectar’ um pouco da rotina de trabalho.

“É importante ter um equilíbrio porque a F1 pode ocupar toda a tua vida. Comandar uma equipe da F1 é extremamente exigente e ocupa todo o teu tempo. Mas, como em qualquer trabalho, é preciso que você tenha seu próprio tempo, e é importante que você passe esse tempo ao lado da tua família”, salientou.

“Não é saudável que sua vida seja baseada apenas no trabalho. O mais eficaz seria, quando entramos em casa, poder desconectar. Claro que isso não é fácil porque, no mundo moderno em que vivemos, com celulares e e-mails, o trabalho sempre está ali. Mas isso é algo que temos de ser disciplinados. Para ser eficiente, não se deve gastar 100% do seu tempo no trabalho. É algo pouco salutar. Independente de estar vencendo ou não, o nível de trabalho é o mesmo”, concluiu o chefe da Red Bull.

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