Ignorado por funcionários da Sauber, Van der Garde dispara: “Só receberam salários por causa do nosso pagamento”

O holandês Giedo van der Garde falou a uma revista holandesa sobre toda a polêmica judicial que protagonizou com a Sauber na Austrália, disse que achou muito estranho ser ignorado pelos funcionários da Sauber no circuito de Melbourne e admitiu: “Meu sonho acabou”. Ele espera ter mudado a F1

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À revista holandesa ‘Formule 1’, o holandês Giedo van der Garde abriu o jogo a respeito da batalha judicial que travou com a Sauber no mês passado na Austrália e reconheceu que o sonho de correr na F1 acabou.

Depois de garantir na justiça o direito de correr pela equipe de Hinwil, o piloto holandês entrou em um acordo generoso para ficar fora do Mundial. Ele recebeu uma indenização de mais de R$ 50 milhões, compensação por não correr e pelo o que já havia pago ao time pelo contrato.

Até por conta deste pagamento antecipado que Van der Garde achou estranho ser ignorado pelos funcionários da Sauber ao chegar ao Albert Park na sexta-feira do GP da Austrália, antes dos treinos livres.

“Foi muito estranho. Eu deveria ter ido ao time e dito ‘oi, estou aqui para pilotar’. Mas então eu entrei no motorhome e ninguém disse nada. Todas aquelas pessoas com quem eu havia trabalhado antes me ignoraram. Ninguém te olha e você pensa ‘o que está acontecendo?’”, declarou Van der Garde.

Van der Garde entrou na garagem da Sauber e vestiu o macacão de Marcus Ericsson (Foto: Getty Images)

“Eu fui até o Beat [Zehnder, gerente da equipe] e ele me entregou um macacão e disse ‘toma’. Eu me vesti na garagem para fazer o molde do banco, mas os pedais estavam ajustados para o Ericsson. Nada podia ser mudado. Eles não ajustaram a espuma, nada”, continuou a relatar.

“Eu não sei o que a equipe disse para aqueles caras, mas, se eles forem honestos, vão reconhecer que só receberam seus salários por causa do nosso pagamento antecipado em 2014. E, de repente, nós somos os inimigos, o que é uma bobagem, é claro”, completou Giedo.

Van der Garde até mostrou compreender que talvez eles estivessem com medo de perder seus empregos, mas ainda assim pensa que deveria ser tratado com mais respeito. Apenas os engenheiros o receberam do jeito que ele esperava. “Eu entendo que eles estavam preocupados com seus empregos, mas acho que nós merecíamos um pouco mais de crédito. Só os engenheiros se comportaram normalmente, dizendo ‘se eu fosse tratado assim, também lutaria pelos meus direitos’. É legal quando você é respeitado assim, incluindo muitos pilotos e chefes de equipe”, ressaltou.

O piloto de 29 anos, titular da Caterham, espera que o imbróglio sirva de exemplo e mude o modo como negócios são feitos na F1.

“Claro, estou sem a vaga agora, meu sonho acabou, mas eu acho que isso pode mudar a F1. Falei com Alexander Wurz, o presidente da GPDA, e ele está certo de que deveria haver mais justiça na F1. Eu espero que ele tenha sucesso, pois algo assim jamais pode se repetir”, defendeu.

Sem Van der Garde, a Sauber ainda conseguiu salvar o fim de semana do GP da Austrália e marcou 14 pontos com o quinto lugar de Felipe Nasr e o oitavo posto de Marcus Ericsson.

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