Impasse sobre duração de contrato trava negociação entre Mercedes e Hamilton

As negociações para a renovação de Lewis Hamilton com a Mercedes, que pareciam correr tranquilamente, esbarram agora em um impasse. De acordo com informações divulgadas pelo jornal italiano 'Corriere dello Sport', as partes divergem sobre qual deve ser a duração do novo acordo: enquanto Lewis deseja um vínculo duradouro, por mais quatro temporadas, a escuderia prefere um acordo de mais dois anos.

 

A publicação explica que a relutância da Mercedes em manter Hamilton por quatro anos tem a ver com a incerteza a respeito da permanência na própria Fórmula 1. A equipe prateada, apesar de ter participado das negociações que levaram ao novo regulamento de 2021, ainda não dá por garantida a presença na nova era da categoria. O chefe Toto Wolff já afirmou que essas são discussões "que estamos fazendo uns com os outros atualmente".

Um contrato de quatro anos significaria a manutenção da parceria pelo menos até 2024, quando Hamilton completa 39 anos. Seria também um acordo no mesmo patamar dos assinados recentemente por Charles Leclerc e Max Verstappen, respectivamente com Ferrari e Mercedes. O monegasco tem acordo até 2024, isso enquanto o holandês fica até 2023.

 

As pedidas de Hamilton não param por aí. O britânico quer uma cláusula que o transforma em embaixador da marca assim que se aposentar. A pedida salarial também é alta: Lewis quer um aumento dos atuais 42 milhões de euros anuais (R$ 194 milhões) para 55 milhões de euros anuais (R$ 254 milhões). Somando os quatro anos de acordo, o hexacampeão levaria 220 milhões de euros, ou R$ 1.016 bilhão. O valor em questão não é o impeditivo, e sim a duração do acordo.

 

Hamilton defende a Mercedes desde 2013 naquela que se tornou uma das parcerias de maior sucesso do esporte. O britânico partiu para a conquista de cinco títulos nos últimos seis anos, ficando atrás apenas de Michael Schumacher como maior campeão da história da F1.