In loco: Mercedes e Ferrari chegam parelhas ao Brasil. Mas chave para vitória está em pneus e clima

O primeiro dia de treinos livres do GP do Brasil foi marcado por uma performance consistente e equilibrada entre as duas principais equipes do grid. A Mercedes acabou na frente, com Valtteri Bottas, mas Sebastian Vettel colou nos adversários. Só que Interlagos reserva mais do que isso, e o clima instável, além dos pneus, detêm a chave do sucesso

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Depois de um GP do México em que a Red Bull dominou as ações, o primeiro dia de treinos livres da etapa brasileira da F1 viu um equilíbrio curioso entre Mercedes e Ferrari – que voltaram ao posto de protagonistas -, ainda que pese a extensão mais curta da pista paulistana. É bem verdade que a equipe prateada fechou a sexta-feira (9) na frente, com um Valtteri Bottas ligeiramente mais rápido que Lewis Hamilton. E um carro alemão muito veloz. Mas se engana quem pensa que a equipe corre favorita e que os problemas do Hermanos Rodríguez e do Circuito das Américas foram embora. Na verdade, o time chefiado por Toto Wolff ainda tem seus fantasmas, além de um Sebastian Vettel mais forte.
 
O dia acabou com o tempo de 1min08s846 de Bottas, feito em cima dos velozes supermacios (vermelhos) – além deles, a Pirelli trouxe a São Paulo os macios (amarelos) e os médios (brancos). Hamilton ficou a apenas 0s003 da marca do finlandês. Na verdade, o pentacampeão errou em sua volta rápida com os vermelhos. Aconteceu no Laranjinha, quando exagerou e não pode evitar a fritada de pneu. Mesmo assim, ainda garantiu o segundo posto. Mas não ficou feliz com o acerto geral do W09. Para Hamilton, o carro está melhor que no México, mas ainda complicado de compreender, segundo as palavras do #44. E há razão para isso. 
Lewis Hamilton (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
A Mercedes se concentrou em entender o comportamento do carro com os pneus vermelhos, pensando, claro, na estratégia de corrida. Hamilton, especialmente, dedicou um stint longo com eles na segunda parte do TL2. As voltas foram consistentes, começando na casa de 1min11s alto, passando por 1min12s baixo e fechando em 1min13s. Foi em 1min13s que o inglês estabeleceu o ritmo com os pneus macios. O desempenho impressiona, mas a gestão dos pneus ainda preocupa, não pelo desgaste, mas, sim, pelo clima do fim de semana.
 
Com as temperaturas desta sexta-feira, girando em torno dos 22ºC, parece a condição ideal para a Mercedes tirar tudo desses pneus, mas a tendência é que o sábado e, principalmente, o domingo sejam de muito calor, o que relativiza muito essa performance e fortalece a adversária que trabalha melhor sob asfalto mais quente.
 
Vettel conseguiu uma boa terceira colocação na tabela, reforçando o equilíbrio. Mas, mesmo o alemão, tem suas falhas para corrigir e uma delas são as bolhas nos pneus supermacios. Há velocidade e consistência, mas o desgaste é grande. A boa notícia é justamente a temperatura. Quanto mais quente, melhor para os homens de Maranello. 
 
Ainda tem a Red Bull. Max Verstappen, de novo, aparece como fator de desequilíbrio. Nesta sexta-feira, o holandês teve os trabalhos atrapalhados por um vazamento de óleo e, depois, por um Lance Stroll maluco, que o impediu de fazer volta bem rápida com os supermacios. Verstappen, certamente, colocaria o carro austríaco na quarta posição. E ainda que diga que não tem chances de vitória, o clima instável de São Paulo pode ajudá-lo a encarar as duas poderosas. 
Max Verstappen (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Assim, a disputa pela pole tende a ter um terceiro oponente. A previsão para o sábado aponta 60% de chance de chuva, com temperaturas na casa de 25ºC. Já no domingo, o calor aumenta e possibilidade de água diminui. Então, a gestão dos pneus e os céus, novamente, terão grande influência no grid de Interlagos. 
 
O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ o GP do Brasil de F1 com os repórteres Evelyn Guimarães, Felipe Noronha, Fernando Silva, Gabriel Curty, Juliana Tesser, Nathalia De Vivo e Pedro Henrique Marum, e o fotógrafo Rodrigo Berton. Acompanhe tudo aqui.
 

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