Interlagos corrige ponto fraco e enfim oferece mais espaço no paddock, mas estado inacabado causa má impressão

Há tempos que a F1 pedia por instalações um pouco mais amplas para receber com mais conforto e sem tanto aperto as equipes do Mundial. De um modo geral, as novas acomodações de Interlagos foram elogiadas porque cumpriram com o propósito esperado, mas são obras ainda inacabadas e estão aí, diante dos olhos do mundo. E, apesar das mudanças, o paddock não perdeu o charme do improviso e da interação entre as pessoas

F1 'IN LOCO' NO GRANDE PRÊMIO

Flavio Gomes: Interlagos está feio, mas continua bonito

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Quando Bernie Ecclestone esperneou e até ameaçou tirar o GP do Brasil do calendário, sua súplica era por instalações mais amplas de Interlagos às equipes do Mundial de F1. Os times tinham de se acomodar em espaços provisórios e muito apertados, de modo que tinham de receber jornalistas e patrocinadores quase que sempre do lado de fora das suas instalações. Era uma queixa antiga. 
 
Além disso, havia pouco espaço para a movimentação dos equipamentos das equipes pelo paddock. Em que pese toda a admiração pelo ambiente proporcionado pela pista, pelo povo brasileiro e pelo próprio país em si, que Bernie abraçou, a reforma se fez necessária e até obrigatória. 
 
Ecclestone jamais pediu que Interlagos tivesse a mesma estrutura suntuosa de circuitos faraônicos como Abu Dhabi, Bahrein ou Xangai, mas ao menos que pudesse proporcionar um pouco mais de mobilidade às equipes do grid. E que fosse mais funcional. Então, depois de muitas negociações, a Prefeitura de São Paulo, já sob a gestão de Fernando Haddad, foi em frente com o projeto de reforma de Interlagos. A chamada segunda fase deste projeto foi entregue nesta semana e é merecedora de elogios quanto ao seu propósito inicial.
Vista do autódromo de Interlagos durante a quinta-feira do GP do Brasil em Interlagos (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Uma das mudanças já vistas para esta temporada está na forma como as equipes recebem jornalistas em seus chamados hospitality centers. Outra novidade foi a construção de um moderno centro operacional de 3.500 m², que está dividido em seis pavimentos: um térreo, onde estão implantados quatro novos boxes; dois pavimentos superiores, destinados à ocupação multiuso; e três pavimentos inferiores, destinados às estruturas administrativas das entidades esportivas.
 

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Nesta nova configuração do paddock, onde há realmente mais espaço, os times — e também a Pirelli, que dispõe de seu próprio espaço — podem abrigar profissionais da imprensa de todo o mundo em um ambiente mais agradável, como a Mercedes, por exemplo, que trouxe Nico Rosberg e Lewis Hamilton para uma entrevista coletiva em um ambiente fechado e refrigerado. O que, diante de um calor de mais de 30ºC em São Paulo, é algo providencial.

 
Mas a forma como foi entregue indica um estado ainda inacabado. E isso não passa a melhor das impressões para quem visita Interlagos. A falta de acabamento chamou a atenção de todos, mas muita gente gostou do que viu. 
 
A opinião de Felipe Massa, que praticamente ‘nasceu’ em Interlagos e viu o circuito se desenvolver dentro e fora da pista desde quando começou sua carreira no automobilismo reflete bem como as obras em si foram consideradas positivas, mas sua apresentação deixou muito a desejar.
 
“Como espaço para as equipes, melhorou bastante. Está muito melhor, sem dúvida. Melhorou, mas poderia ter ficado mais bonitinho para a gente mostrar algo melhor para as pessoas. Parece uma casa que começou e não acabou”, descreveu o brasileiro, que corre em Interlagos desde 2002.
 
“Acho que a gente só não conseguiu acabar, infelizmente não é uma novidade, né? ‘Ah, ficou bom, mas não acabou’. Mas tomara que acabe logo e que seja, sem dúvidas, importante como espaço, porque é tudo o que a gente precisava”, lembrou o piloto.
 
Obviamente, foi mesmo um avanço muito grande e necessário. Interlagos merecia há tempos uma reforma deste porte. Mas considerando todo o contexto e exigências de um evento que representa uma etapa de um Mundial de F1, faltou um cuidado melhor com a apresentação deste paddock. Faltou tempo hábil para a conclusão do projeto, por isso ainda há operários por toda a pista trabalhando sem parar.
 
Apresentação que, no fim das contas, acaba por deixar em quem vem de fora uma impressão de desleixo com o próprio evento em si e com Interlagos. Afinal, é a imagem que fica para quem vem de fora, por exemplo. 
Felipe Massa, da Williams, fala com a imprensa durante a quinta-feira do GP do Brasil em Interlagos (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
É como se você trabalhasse o ano todo para reformar sua casa para receber uma grande festa. Uma casa com a estrutura montada e funcionando, mas sem seu acabamento ideal, sem a melhor apresentação possível para os convidados. Guardadas as proporções, é mais ou menos o que acontece por aqui.
 
Portanto, Interlagos está definitivamente melhor e mais funcional. Só faltou mesmo uma melhor apresentação das suas novas instalações. Entretanto, o mais importante foi que o paddock não perdeu o charme, o ambiente único de juntar pessoas, interagir, algo impensável nas modernas instalações de novas pistas. 
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Posted by Grande Prêmio on Quinta, 12 de novembro de 2015

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