Interpretação de fala de Ecclestone sobre “produto de merda” movimenta coletiva dos chefes de equipe da F1

Após uma interpretação errada a respeito de uma declaração de Bernie Ecclestone, Vijay Mallya, o dono da Force India, pediu a colaboração do britânico para "'desmerdar'" a F1

Não foi dos mais limpos o vocabulário utilizado na coletiva dos chefes de equipe da F1, nesta sexta-feira (3), em Silverstone. Tudo por conta de uma menção a uma frase de Bernie Ecclestone a respeito dos motores híbridos.
 
Há algumas semanas, Ecclestone se referiu aos V6 turbo como um produto de merda para vender. “Como vocês podem ou não saber, eu era um vendedor de carros. Eu era bom no meu trabalho, e ainda sou, mas me deram um produto de merda para vender”, falou. Porém, depois do episódio, uma tradução errada que circulou deu a entender que o britânico disse que a F1 era uma merda.
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Bernie Ecclestone tem sido um dos críticos da F1 (Foto: AP)
O assunto foi colocado para discussão entre os dirigentes antes do GP da Inglaterra. Foi perguntado aos presentes se, caso um de seus diretores se referisse ao próprio time com tal palavra, perderia o emprego.
 
Claire Williams, chefe-adjunta da Williams, respondeu com humor. “Se o Pat Symonds falasse em público que o carro é uma merda, eu provavelmente diria ‘você projetou essa merda’. Mas em 2012 tínhamos um carro de merda, e todo mundo sabia disso”, disse a inglesa. Os outros também permaneceram dentro do contexto. John Booth, da Marussia, brincou: “Não estou na melhor posição para comentar isso”.
 
Mas Vijay Mallya, dono da Force India, respondeu o questionamento de outra forma, direcionada ao próprio Ecclestone. "Se é um produto de merda, não deveria vender. Mas considerando que vende e que ganha bilhões com isso, deveria trabalhar com os competidores para ‘desmerdar’”, falou, provocando risos.
Vijay Mallya, dono da Force India, pediu a ajuda de Ecclestone para 'desmerdar' a F1 (Foto: Getty Images)
O indiano falou ainda sobre as propostas apresentadas pelo Grupo de Estratégia da F1 após a reunião da última quarta-feira e se mostrou a favor, mas ressaltou que também é preciso atentar para a sustentabilidade das equipes.
 
“Se tornarem o esporte mais atraente, as corridas mais competitivas, estou dentro. Sempre tive a opinião de que há temas mais importantes em que o Grupo de Estratégia deveria se concentrar, mas, tendo dito isso, qualquer passo para tornar a F1 mais atraente é bem-vindo”, falou.
 
“O mais importante para nós é a sustentabilidade das equipes da F1. Se isso for resolvido, mesmo as equipes menores poderão ser competitivas. Se todas as equipes forem fortes o suficiente e não precisarem só se preocupar em sobreviver, vai ser a melhor coisa para a F1”, comentou.
 
Os dirigentes também tornaram a bater na questão da “negatividade” que existe dentro do próprio paddock da F1, que alimenta às críticas à categoria. E Matthew Carter, diretor-executivo da Lotus, colocou a culpa sobre isso na imprensa.
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