Button critica McLaren por romper parceria com a Honda em 2017: “Uma pena”

Ex-piloto de McLaren e Honda na Fórmula 1, Jenson Button criticou equipe de Woking por romper parceria com a montadora japonesa, que conquistou o título de 2021 com Max Verstappen

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A Honda deixou a Fórmula 1 ao final de 2021 após sete anos de disputa ininterrupta na categoria desde seu retorno, em 2015. E o encerramento foi com chave de ouro, já que Max Verstappen conquistou o título mundial com o motor japonês em sua Red Bull. No entanto, os anos anteriores não haviam sido de glória para a Honda, principalmente em razão da parceria frustrada com a McLaren, entre 2015 e 2017. E Jenson Button, que estava na equipe de Woking durante aquele momento, relembrou a dificuldade que a montadora de Sakura teve em seu início.

“Eu estava com eles [Honda] no começo desse projeto [V6 híbrido] e não foi fácil para eles”, admitiu Button em entrevista ao portal britânico Autosport. “Na Era Híbrida, eles sofreram quando entraram. Estavam claramente alguns anos atrás de todos os outros. [Existiam] Muitos problemas de confiabilidade”, explicou o campeão do mundo de 2009.

Em seguida, Button criticou a McLaren por ter desistido da parceria, que durou apenas três temporadas. A equipe britânica fechou com a Renault para 2018, em novo contrato que durou três anos e se encerrou em 2020. Em 2021, os motores da McLaren passaram a ser fornecidos pela Mercedes, que venceu todos os Mundiais de Construtores da Era Híbrida.

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Jenson Button foi companheiro de equipe de Fernando Alonso na McLaren, em 2015 (Foto: McLaren)

“E acho uma pena que a McLaren não tenha continuado com eles”, disparou. “Foi muito fácil para eles apontarem o dedo quando não eram competitivos e apontaram para a parte menos confiável, que era o motor. Mas seguindo em frente, trabalhar com um time como a Red Bull e toda sua experiência, parece que eles encontraram uma parceria realmente boa”, destacou.

Button, que também pilotou pela Honda entre os anos de 2006 e 2008 — quando a montadora possuía uma equipe própria no grid —, destacou a felicidade por ver a empresa vencendo novamente na Fórmula 1, já que a última vitória havia sido com o próprio Button no GP da Hungria de 2006 e o último título no longínquo ano de 1991, com Ayrton Senna.

“É bom ver a Honda vencer de novo, porque sua última vitória antes da parceria com a Red Bull foi minha, em 2006, o que representa muito tempo no esporte”, lembrou. “Então é muito bom vê-los vencendo”, celebrou Button.

Button foi campeão mundial da Fórmula 1 em 2009, com a Brawn (Foto: Brawn GP)

Por fim, Button lamentou novamente a saída da Honda da F1, mas reconheceu que pensando pelo lado financeiro, a decisão faz sentido. A Red Bull vai passar a operar a produção de motores da Honda este ano, na divisão de unidade de potências da própria equipe austríaca. A montadora japonesa vai oferecer suporte aos taurinos ao longo de 2022, antes da Red Bull assumir de vez a produção de forma individual a partir de 2023.

“Eles são muito apaixonados pelo automobilismo, e é ruim vê-los saindo de novo”, lamentou. “Mas eu tenho uma ideia de quanto eles estão gastando, e é um monte de dinheiro. Então, eu meio que entendo o por quê de querer sair. É o momento. Mas eles tiveram um ano fantástico no esporte e é ótimo para eles, porque eles não têm tido o caminho mais fácil nesta jornada”, encerrou.

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