Magnussen dispara contra FIA por “punir coisas ridículas”: “Não é a F1 que amo”
Voltando de suspensão, Kevin Magnussen sugeriu em Singapura que Fórmula 1 adote modelo "que está dando certo" na Indy
Kevin Magnussen está de volta ao grid da Fórmula 1, depois de cumprir suspensão no GP do Azerbaijão por atingir os 12 pontos em carteira. Durante as entrevistas coletivas para o GP de Singapura, que será realizado neste final de semana, o dinamarquês criticou a Federação Internacional de Automobilismo [FIA] pelo excesso de punições “ridículas”, o que, na visão dele, tem restringido as corridas na categoria.
Depois do GP da Itália, quando Magnussen alcançou os 12 pontos de punição que causaram a suspensão de uma corrida na F1, alguns pilotos saíram em defesa do dinamarquês, como Nico Hülkenberg, George Russell, Yuki Tsunoda, Fernando Alonso e até Pierre Gasly, que esteve envolvido no incidente que causou o banimento do piloto da Haas da etapa nas ruas de Baku — Oliver Bearman assumiu o posto.
O lance derradeiro para a suspensão de Magnussen ocorreu durante a etapa de Monza, quando o representante da Haas e Gasly se tocaram durante uma tentativa de ultrapassagem. Por essa razão, o dinamarquês levou 10s e 2 pontos na carteira, que o fez chegar aos 12 tentos na superlicença. O francês, logo após a corrida italiana, disse ter ficado surpreso com a sanção, pois, na visão dele, “não foi nada” o contato entre ambos.
“Não vi o que foi dito [defesa dos pilotos], mas é ótimo se for o caso. Na minha opinião, não é uma situação boa para a F1 restringir a corrida desse modo. É ruim quando o esporte que você ama muda para um caminho que você não aprecia”, declarou Magnussen.
“Certamente sou um que… gosto de correr de modo duro e acho que isso é uma grande parte da beleza do automobilismo — as disputas, estar no limite e um pouco mais. O equilíbrio é o que faz ou acaba com sua corrida e, no momento, parece que estão punindo por coisas ridículas. Pessoalmente, como um fã de Fórmula 1, gostaria de ver o esporte aberto novamente e apenas permitir que grandes corridas possam ser vistas na pista”, completou.
Magnussen, então, declarou que o modelo ideal a ser seguido é o da Indy, onde correr por uma etapa na McLaren, no GP de Road America de 2022. Habitualmente, o automobilismo nos Estados Unidos tem regras mais permissivas do que as adotadas pelas categorias sob guarda-chuva da FIA.
“Corri na Indy e assisti na TV, e acho que eles estão no caminho certo. É uma corrida fantástica, os pilotos se respeitam e ficam com a responsabilidade nas próprias mãos — e acho que isso funciona. Se fizerem [algo errado], o dano no carro o penaliza naturalmente. Acho que a única coisa diferente na F1 e na Indy são as pistas”, pontuou Magnussen.
“O traçados não são bons para correr com essas coisas de limites de pista, recebi meus pontos na carteira praticamente por limites de pista. Acho meio estúpido estar a alguns centímetros e acabar fora de uma corrida por causa disso. Não é o esporte que amo”, encerrou.
O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP de Singapura de Fórmula 1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após treinos livres e classificação, além de antes e depois da corrida. Na sexta-feira (20), o treino livre 1 acontece às 6h30 (de Brasília, GMT-3), enquanto a segunda sessão está marcada para as 10h. No sábado (21), o TL3 abre o dia às 6h30, ao passo que a classificação será às 10h. Por fim, no domingo (2), os pilotos disputam a corrida em Marina Bay a partir das 9h.
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