Kvyat comemora amadurecimento e melhor entendimento da F1 após 2015 de “altos e baixos” com Red Bull

Daniil Kvyat começou sua primeira temporada como piloto da Red Bull contestado pela falta de resultados. Afinal, nas cinco primeiras corridas do campeonato, tudo o que o russo havia somado eram cinco parcos pontos. Mas os rumos da sua trajetória em 2015 começaram a mudar a partir do GP de Mônaco, quando voltou o foco apenas na pilotagem. E os bons resultados começaram a aparecer

Quem vê a tabela final da colocação do Mundial de Pilotos em 2015 e se depara com Daniil Kvyat, em sua primeira temporada como piloto da Red Bull, três pontos à frente do companheiro Daniel Ricciardo (95 x 92), pode ter o entendimento de que o russo teve um ano de muito êxito. Mas o começo do campeonato foi extremamente crítico para o jovem, de apenas 21 anos, que teve a duríssima missão de substituir Sebastian Vettel no carro taurino. Nas cinco primeiras corridas do Mundial, Kvyat somou apenas cinco pontos, contra 25 de Ricciardo. Fato que fez com que o piloto fosse contestado. Mas tudo mudou a partir do GP de Mônaco.
 
A virada de Kvyat em 2015 foi justamente no Principado, quando o piloto conquistou um importante quarto lugar, imediatamente à frente de Ricciardo, e emendou boas corridas no Mundial, com direito à conquista do seu melhor resultado na carreira até agora, o segundo lugar no confuso GP da Hungria. Ao fim de 19 corridas, Kvyat terminou à frente do seu companheiro de equipe, num resultado que, na visão do russo, reflete seu amadurecimento e um melhor entendimento da F1 depois de um ano de altos e baixos com a Red Bull, que viveu uma temporada complicada, sobretudo no que diz respeito à falta de potência e confiabilidade da unidade de potência fornecida pela Renault.
Kvyat avaliou 2015 como um ano de altos e baixos, mas também de aprendizado e amadurecimento na F1 (Foto: Getty Images)
Em entrevista à revista britânica ‘Autosport’, Kvyat contou o que teve de fazer para reagir num momento em que passou a ter até mesmo sua vaga na Red Bull contestada no começo do ano passado. “Tive de deixar para trás todo o tipo de expectativa, com momentos em que tive de focar novamente. A adaptação mental é sempre complicada. Então eu só tinha de esquecer das minhas últimas colocações e focar apenas na pilotagem. E isso foi tudo”, explicou.
 
“Foi um método útil e eficiente. Desde Mônaco, tive corridas muito mais positivas e um entendimento muito melhor do carro. Entretanto, não diria que foi perfeito, mas ao menos pude dizer que tive um entendimento melhor como um todo”, disse Daniil.
 
De Mônaco em diante, Kvyat só deixou de pontuar em três corridas do Mundial: Áustria, Japão e Estados Unidos. O piloto do carro #26 lembrou dos erros cometidos em Suzuka e Austin e os definiu como fatos atípicos em um ano marcado pelo seu crescimento.
 
“No fim da minha primeira temporada, não havia cometido muitos erros. Mas, às vezes, eles acontecem. Cada piloto comete erros e, obviamente, tive a batida no Japão e em Austin, mas elas foram circunstanciais. Não há nada que pudesse ter feito para impedir. Então, você tem de continuar, não pode ficar pensando muito nisso”, declarou. “Quanto a Austin, tenho mais lembranças positivas sobre a primeira metade da corrida do que em relação à segunda, então, obviamente, vou guardar mais as emoções positivas do que as negativas.”
 
“À parte destas duas corridas, não posso dizer que cometi muitos erros a mais. Foi uma temporada de altos e baixos e, quando você se encontra no meio do grid, é difícil ser constante”, finalizou o piloto, garantido pela Red Bull para a disputa da temporada 2016 da F1.
 
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