Norris estraga surpresa de Sainz e lidera TL1 do GP da Austrália. Bortoleto é 15º
A primeira atividade da temporada 2025 da Fórmula 1, na Austrália, contou com acidentes de Oliver Bearman e George Russell e liderança de Lando Norris. Gabriel Bortoleto ficou na 15ª colocação
Foi bom, mas acabou: não há mais o período de férias para curtir. A Fórmula 1 voltou, oficialmente, na noite desta quinta-feira (13) – já tarde da sexta-feira em Melbourne – com o primeiro treino livre do GP da Austrália. As nuvens que lotavam o céu sobre o Albert Park clarearam pouco antes do começo e entregaram um cenário de almanaque para a atividade inicial de 2025. Na pista, quem desfilou foi Lando Norris, que superou Carlos Sainz nos segundos finais.
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E foi uma atividade que seguiu a tendência dos testes coletivos de pré-temporada no que diz respeito a interrupções. Foram três bandeiras vermelhas, que engoliram cerca de 15 minutos de atividade, mas apenas uma por motivos estranhos. A primeira, quando de surpresa a direção de prova parou para limpar brita. A segunda foi um acidente daqueles que o teste não viu. Oliver Bearman perdeu o controle da Haas na primeira atividade como piloto titular e cravou o carro no muro entre as curvas nove e dez. Depois, para fechar as portas da pista, George Russell rodou ao tocar no gramado e ficou de cara para o muro.
Caso Russell tivesse sofrido o acidente 20 segundos antes, o líder da atividade teria sido Sainz, numa surpresa impressionante pela Williams. Deu tempo de Norris andar de pneus macios, porém, e superar o amigo. O tempo da ponta foi 1min17s252, 1s3 melhor que aquele que o próprio Lando anotou para liderar o treino livre inicial do ano passado em Melbourne.

Charles Leclerc e Oscar Piastri apareceram em seguida, ainda na frente de Max Verstappen. O tetracampeão chegou até a desfilar por fora da pista no começo da sessão e jogar a brita que acabou por causar bandeira vermelha. Alexander Albon reforçou o bom começo da Williams, enquanto Fernando Alonso, Isack Hadjar e Lance Stroll fecharam o top-10. Lewis Hamilton fez o 12º tempo com a Ferrari e sem usar pneus macios.
Gabriel Bortoleto debutou com o 15º posto, 1s186 atrás do líder Norris e pouco menos de 0s2 mais rápido que o companheiro de equipe Nico Hülkenberg, que fechou em 18º. Além de Hadjar no top-10 e Bortoleto, os outros novatos terminaram em 13º (Jack Doohan), 14º (Andrea Kimi Antonelli) e 20º (o acidentado Bearman).
A Fórmula 1 abre a temporada 2025 entre os dias 13 e 16 de março, no GP da Austrália, em Melbourne. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO E EM TEMPO REAL. Logo mais, o TL2 começa já na madrugada da sexta-feira (14), às 2h (de Brasília, GMT-3).
Amanhã, os horários se repetem com o TL3 realizado às 22h30 da sexta-feira, enquanto a classificação define o grid de largada começando às 2h do sábado (15). Por fim, a largada está marcada para a 1h do domingo (16). Tanto classificação quanto corrida terão transmissão do GP em SEGUNDA TELA no YouTube, em parceria com a Voz do Esporte. O Briefing chega para comentar na GPTV após o fim de cada dia de atividades.

CONFIRA COMO FOI O TL1 DO GP DA AUSTRÁLIA:
Num dia nublado em Melbourne, mas com o sol dando as caras de maneira mais firme pouco antes do início do primeiro treino livre, a Fórmula 1 estava de volta às pista, agora num fim de semana oficial de temporada. A temperatura ambiente apontava 25°C, com o asfalto ainda quente no Albert Park, em 42°C. Apesar da expectativa de chuva ao longo dos próximos dias, sobretudo no domingo, não havia ameaça representativa para a sexta-feira.
Assim que o relógio apontou as 12h30 locais (22h30 de Brasília, GMT-3) e a luz do pit-lane ficou verde, os carros se amontoaram. Nico Hülkenberg, de Sauber, foi o primeiro a tomar a pista em 2024, mas Lando Norris foi junto, bem como Max Verstappen e Lewis Hamilton de Ferrari. A fila estava recheada. Apenas Alexander Albon demorou mais de cinco minutos para sair, mas logo também entrou. Gabriel Bortoleto, claro, também estava em ação.
Todos os pilotos começaram a trabalhar com os pneus médios, reflexo daquilo que era evidente: os treinos livres na Austrália servem como uma extensão dos testes de pré-temporada, visto que cada piloto teve somente três turnos de quatro horas cada para somar quilometragem e entender o carro.

Em menos de dez minutos de atividade, Charles Leclerc liderava com 1min18s317, algo que já o colocava com tempo melhor que aquele que serviu para liderar o primeiro treino livre na Austrália em 2024, na ocasião com Lando Norris. Demonstração de como os carros evoluem de um ano para outro quando há estabilidade das regras.
E também teve carro no muro. Liam Lawson, na estreia pela Red Bull, beijou a mureta no fim de uma das curvas mais velozes do Albert Park. Nada sério, com o piloto seguindo em frente normalmente, mas algo digno de registro. Em seguida, relatou problemas na direção. Max Verstappen, por sua vez, passou pela brita da curva seis. A Red Bull, que terminou a pré-temporada sem sucesso em simulações de corrida, ainda tenta se entender com o RB21.
O novatos oficiais andavam sem problemas: caso de Bortoleto, Isack Hadjar, que passava na terceira colocação com pouco menos de 20 minutos, Oliver Bearman, Jack Doohan e Andrea Kimi Antonelli.
Mas o trabalho parou com todo mundo após 23 minutos. A razão foi muita brita espalhada pela pista entre as curvas seis e sete — onde Verstappen passeou. As interrupções esquisitas que começaram na pré-temporada continuam! Menos de 5min depois, tudo certo.

Com a bandeira verde, Hadjar tentou sair da garagem e teve dificuldades. O tamanho de um carro de F1 não é brincadeira quando há alto fluxo por ali. O pessoal da Racing Bulls deu uma mão e tudo certo para seguir em frente. Na pista, Oscar Piastri era mais um a escapar na curva seis, enquanto Verstappen agora tomava a liderança na marca de metade da atividade com o tempo de 1min17s696. Mas de pneus macios, é bom dizer.
Os problemas continuavam para Lawson, que aparecia na garagem com a equipe trabalhando no carro. Enquanto isso, Doohan também havia sofrido danos no assoalho instantes antes.
Verstappen liderava um grupo que tinha George Russell, Leclerc, Carlos Sainz, Fernando Alonso, Hadjar, Norris, Antonelli, Hamilton e Piastri com 25 minutos pela frente.
Os pneus macios começavam a aparecer, pois. Logo após Max, foi Sainz quem vestiu os vermelhos e emendou uma volta velocíssima: com 1min17s401, passou a liderar no treino de debute com a Williams. Superior a Verstappen e Russell com os mesmos pneus.
O que parecia o início de uma happy hour, porém, foi abruptamente encerrado por um dos novatos. Bearman deixou a traseira da Haas escapar no trecho veloz entre as curvas nove e dez, tocou a brita e perdeu totalmente o carro. Acabou numa pancada forte que estragou quase todo o lado direito do carro, incluindo as asas traseira e dianteira. “Perdão pessoal”, desculpou-se para uma equipe resignada. Segunda bandeira vermelha, agora com 20 minutos pela frente. Foram mais dez minutos de interrupção.
Com pouco tempo pela frente, uma briga verdadeira por posição na pista! Yuki Tsunoda mergulhou para cima de Norris e fez a ultrapassagem. Lando não gostou muito e foi para dar o xis. Mas depois deixou que o piloto da Racing Bulls, que estava em volta mais rápida, abrisse na frente para que tivesse espaço.
Com pouco tempo pela frente, uma briga verdadeira por posição na pista! Yuki Tsunoda mergulhou para cima de Norris e fez a ultrapassagem. Lando não gostou muito e foi para dar o xis. Mas depois deixou que o piloto da Racing Bulls, que estava em volta mais rápida, abrisse na frente para que tivesse espaço.
Norris surgiu com menos de 2min pela frente antes da bandeirada e desbancou Sainz ao anotar 1min17s252. E seria o fim decretado. Porque Russell, apenas segundos depois, saiu na curva quatro e foi de frente na barreira de proteção – por sorte, sem tocar. Era a terceira bandeira vermelha para um George que não entendeu o motivo do acidente. “Toquei o pneu (no muro antes da tomada da curva)?”, perguntou no rádio. Aparentemente, não. Tocou mesmo a grama.
Dianteira para Norris, seguido por Sainz, Leclerc, Piastri, Verstappen, Albon, Russell, Alonso, Hadjar e Stroll.
F1 2025, GP da Austrália, Melbourne, Albert Park, TL1:
1 | L NORRIS | McLaren Mercedes | 1:17.252 | 21 | ||
2 | C SAINZ | Williams Mercedes | 1:17.401 | +0.149 | 25 | |
3 | C LECLERC | Ferrari | 1:17.461 | +0.209 | 21 | |
4 | O PIASTRI | McLaren Mercedes | 1:17.670 | +0.418 | 20 | |
5 | M VERSTAPPEN | Red Bull Honda | 1:17.696 | +0.444 | 21 | |
6 | A ALBON | Williams Mercedes | 1:17.713 | +0.461 | 18 | |
7 | G RUSSELL | Mercedes | 1:17.716 | +0.464 | 26 | |
8 | F ALONSO | Aston Martin Mercedes | 1:17.736 | +0.484 | 23 | |
9 | I HADJAR | Racing Bulls Honda | 1:17.847 | +0.595 | 25 | |
10 | L STROLL | Aston Martin Mercedes | 1:18.057 | +0.805 | 20 | |
11 | Y TSUNODA | Racing Bulls Honda | 1:18.061 | +0.809 | 23 | |
12 | L HAMILTON | Ferrari | 1:18.071 | +0.819 | 20 | |
13 | J DOOHAN | Alpine | 1:18.232 | +0.980 | 20 | |
14 | A ANTONELLI | Mercedes | 1:18.390 | +1.138 | 25 | |
15 | G BORTOLETO | Sauber Ferrari | 1:18.438 | +1.186 | 22 | |
16 | L LAWSON | Red Bull Honda | 1:18.455 | +1.203 | 22 | |
17 | P GASLY | Alpine | 1:18.505 | +1.253 | 23 | |
18 | N HÜLKENBERG | Sauber Ferrari | 1:18.586 | +1.334 | 18 | |
19 | E OCON | Haas Ferrari | 1:19.139 | +1.887 | 16 | |
20 | O BEARMAN | Haas Ferrari | 1:19.312 | +2.060 | 12 |

