Lauda chegou a andar em carro de F1 atual para provar que até macaco conseguia. Acabou rodando duas vezes

No início dos anos 2000, Niki Lauda era um forte crítico da tecnologia da F1 e dos carros ‘fáceis de guiar’. Por isso, o então chefe da Jaguar pegou o monoposto de Pedro de la Rosa para dar algumas voltas no circuito de Valência. Não deu muito certo

“Eu disse que qualquer macaco pode pilotar um carro moderno da F1, então eu acho que ‘macaco diz, macaco, faz’”. A frase é de Niki Lauda, nos primeiros dias de 2002, anunciando que testaria o carro da Jaguar em Valência no dia 13 de janeiro daquele ano.
 
O tricampeão, então chefe da equipe, era um feroz crítico dos carros do começo do milênio. Dizia que os recursos eletrônicos, principalmente o controle de tração, os tornavam fáceis demais. E já que ele podia se colocar no cockpit para provar, por que não? (Ainda que o discurso fosse um pouco diferente).
 
Mas a experiência não deu muito certo. Aos 52 anos, Lauda rodou duas vezes em três voltas e foi guinchado de volta aos boxes.
 
 
 
 

“A minha intenção era entender a tecnologia. Controle de largada, tração e comportamento do motor. Descobri tudo o que eu queria saber. Muito diferente em comparação ao meu tempo. Agora você mantém as duas mãos no volante!”, comentou o austríaco.

 

A culpa para as rodadas foi do titular Pedro de la Rosa. “Ele me disse onde pisar no freio, e eu fui corajoso o bastante para tentar. Os engenheiros me disseram que entrei na curva tão rápido quanto o Pedro, a diferença é que eu não contornei!”, afirmou.

“O controle de largada foi inacreditável. Sim, eu disse que qualquer macaco pode pilotar um carro atual, mas eu estou simplesmente comparando ao que havia 17 anos atrás. Naquele tempo, você tinha câmbio manual, embreagem normal, nada de anti-stall, e tinha que cuidar para as rodas não patinarem na largada. Hoje em dia é muito mais fácil.”

 
Lauda morreu na noite da última segunda-feira (20). A saúde do austríaco se complicou em agosto de 2018, quando Lauda precisou passar por um transplante de pulmão, em Viena. Mesmo em estado considerado muito grave, evoluiu seu quadro e, três meses mais tarde, teve alta do hospital e iniciou intensiva reabilitação, mas com muitas restrições pela situação delicada. O mundo do esporte tem se manifestado desde então.
 
 
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