Lauda diz que Haug assumiu culpa por desempenho ruim da Mercedes na F1: “Tirei meu boné para ele”

Dirigente da Mercedes, Lauda lamentou pela saída de Norbert Haug do comando esportivo da montadora, mas disse que respeita a decisão tomada pelo alemão, não tentou convencê-lo a continuar no cargo e entende que uma lacuna enorme foi aberta e será difícil de preencher

Niki Lauda elogiou bastante a maneira como Norbert Haug, chefão da Mercedes por 22 anos, pediu demissão de seu cargo na semana passada. Agora presidente do conselho da montadora alemã, o tricampeão mundial de F1 disse que é preciso respeitar uma decisão como a que foi tomada por Haug e revelou que o dirigente se sentiu responsável pelo mau desempenho da equipe no campeonato de 2012.

O austríaco relatou que, na última terça-feira, estava participando de sua primeira reunião como presidente do conselho na sede da Mercedes, em Stuttgart, onde ficou sabendo da opção de Haug. “No fim do encontro, foi uma absoluta surpresa quando Haug entregou sua demissão. Eu tirei meu boné para ele, porque ele disse que se sente responsável pela fraca performance do time neste ano e chegou à conclusão apropriada”, contou Lauda.

Niki Lauda começou a trabalhar para a Mercedes no segundo semestre de 2012 (Foto: Red Bull/Getty Images)

“Para ser honesto, há muitos poucos dirigentes que estão em cargos elevados e fazem algo assim. Pessoalmente, lamento [pela saída de Haug]. Eu amaria poder trabalhar com ele”, lastimou o ex-piloto. Apesar disso, ele não tentou fazer a cabeça de Haug: “Se uma pessoa toma uma decisão como essa, você tem que respeitar”.

A saída deve abrir uma lacuna enorme: “A Mercedes vai considerar como lidar com essa perda. Não vejo ninguém no momento que pode assumir todas as funções de Haug. A situação precisará ser avaliada como um todo”.

Perguntado sobre a possibilidade de passar a ocupar o lugar de Haug, Lauda descartou a possibilidade. “Não. Sou presidente do conselho diretor, o que não tem nada a ver com a operação do negócio”, encerrou.

A relação de Lauda com a montadora de Stuttgart teve início no segundo semestre de 2012. O ex-piloto de BRM, March, Ferrari, Brabham e McLaren atuou nos bastidores da contratação de Lewis Hamilton e das negociações com Bernie Ecclestone acerca do novo Pacto de Concórdia da F1, que se valerá de 2013 a 2020.

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