Críticas não partem só do lado de fora: se há fãs insatisfeitos com a nova F1, muitos dirigentes das equipes e até mesmo Bernie Ecclestone, um dos responsáveis por esta mudança, estão infelizes e já condenaram abertamente o que chamam de ‘F1 silenciosa’. Vijay Mallya, dono da Force India, protestou ao vivo durante um treino livre em Melbourne.
Outro a reclamar, ainda que de forma menos acintosa, foi Pat Symonds, diretor-técnico da Williams. “Para mim, a largada era a parte mais excitante da corrida, eu adorava quando os 22 pilotos aceleravam seus motores. Normalmente, não costumo reclamar, mas a largada em Melbourne pareceu um pouco silenciosa”, comentou à revista ‘Auto Motor und Sport’.
Mas há uma voz coerente e de peso em defesa dos novos motores turbo: Niki Lauda. O tricampeão, que atualmente representa a Mercedes, rebateu as críticas e afirmou, também à ‘AMuS’, que o debate é “absurdo”. “Você não pode mudar isso agora. Isso foi decidido por todas as partes há cinco anos, eles queriam motores turbo, então colocamos um turbocompressor antes do escapamento”, explicou o austríaco.
“Isso traz um som diferente, qualquer criança sabe disso. Se você tirar o turbo, você não tem mais motores híbridos. Temos que nos acostumar com isso.”
Toto Wolff, também da Mercedes, seguiu a mesma linha de raciocínio de Lauda, mas de maneira mais comedida. “Não sou engenheiro ou algo do tipo. Isso será analisado. Se for decidido que algo deve ser feito, então teremos de pensar nisso com cuidado.”
“Os V8 tinham um som fantástico, mas vi a corrida de perto e posso garantir que a F1 ainda está no topo dos esportes à motor, não virou a GP2. Este foi o passo certo”, concluiu.