Hamilton afirma que fase ruim da Mercedes “o ajudou a ser um companheiro melhor”
Os problemas da Mercedes ajudaram Lewis Hamilton a ter uma comunicação melhor com todos no time, o que o levou a se tornar um companheiro de equipe melhor, em sua opinião
Em contagem regressiva para vestir o macacão vermelho da Ferrari, Lewis Hamilton fez um balanço das últimas temporadas e admitiu que a fase ruim da Mercedes teve, sim, lado positivo, sobretudo no que diz respeito ao crescimento pessoal. O heptacampeão hoje se considera um companheiro de equipe melhor do que no passado na Fórmula 1.
A última mudança de regulamento, com a volta do efeito-solo, foi o que fez a Mercedes deixar o protagonismo de quase uma década. Com um projeto muito errático nas mãos, o time liderado por Toto Wolff só conseguiu voltar a ter performances convincentes do GP da Espanha deste ano em diante.
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O progresso, aliás, foi muito significativo, tanto que a Mercedes já soma três vitórias nas últimas cinco corridas realizadas, duas com Hamilton. À revista norte-americana Esquire, o britânico de 39 anos falou sobre a maior ligação com as pessoas no trabalho em meio às dificuldades.
“Não é como você cai, é como você se levanta”, começou Lewis. “É como você continua se esforçando todos os dias, como se conecta com as pessoas com quem trabalha. Acredito que aprendi a ser um melhor companheiro de equipe nesta fase, pois tivemos mais tempo para focar na comunicação”, salientou.
Na Inglaterra, diante da apaixonada torcida local, Hamilton pôs fim a um jejum de dois anos, seis meses e 25 dias sem subir ao degrau mais alto do pódio. Foi a 103ª vitória da carreira do maior vencedor da história da Fórmula 1, porém ele teve de lidar com a incerteza se ainda seria capaz de tal feito com o passar do tempo. Tornou-se, portanto, “uma batalha mental”.
“É sobre manter-se são, buscar novas ferramentas. No fim, tudo se resume a persistência e dedicação. Trabalho duro. Sempre compensa no final”, continuou. “Acho que aprendi que a vida é realmente sobre quanta dor você pode sentir e continuar, o que você pode sofrer e seguir em frente”, completou.
Durante a passagem da F1 pela Bélgica, há três semanas, Lewis ainda destacou à imprensa a satisfação com a recuperação da Mercedes no campeonato. “Não poderia estar mais orgulhoso das pessoas com quem trabalho aqui.”
“A Mercedes me apoiou aos 13 anos de idade, deu-me a chance de ser piloto deles e então me trouxe para cá e depositou toda a fé em mim nesses anos. Portanto, tem sido incrível, passamos por momentos difíceis, mas sempre saímos de cabeça erguida. Acho que permanecemos muito, muito fiéis a valores muito bons”, seguiu.
“Então, para nós, termos passado por esta fase difícil e agora estarmos lentamente nos recuperando para brigar e vencer é uma ótima, ótima sensação. Estou orgulhoso do trabalho que George [Russell] e eu fizemos com a equipe e estou realmente animado para os próximos três meses”, concluiu Hamilton.
A Fórmula 1 voltará às pistas após as férias de verão entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.
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