Hamilton mostra incômodo e “não vai aceitar” resistência de Verstappen, diz Marko

Helmut Marko, consultor da Red Bull, entende que o princípio da temporada 2021 está despertando algo que há muito tempo estava inerte em Lewis Hamilton: o incômodo por ver um rival tão próximo. Desde quando Nico Rosberg se aposentou da F1, ao fim da temporada em que conquistou o título mundial, em 2016, Lewis teve Sebastian Vettel como grande adversário em bons momentos nas temporadas seguintes, mas a oposição não se sustentou até o fim dos respectivos campeonatos. Mas agora, com Max Verstappen e a força da Red Bull, tudo parece muito diferente. Na visão de Marko, a capacidade do piloto holandês em lutar por vitória e pelo título, como tem sido demonstrada neste princípio de campeonato, proporciona enorme incômodo ao heptacampeão.

Uma prova do quanto Hamilton está incomodado com a força da Red Bull e de Verstappen é, na visão de Marko, o erro cometido pelo piloto da Mercedes na volta 31 do GP da Emília-Romanha, quando o piloto escorregou no asfalto ainda úmido e bateu na barreira de proteção da curva Tosa. Lewis conseguiu dar marcha ré no carro, o tirou da brita e conseguiu seguir na corrida para cruzar a linha de chegada na segunda posição.

“Por muito tempo, Hamilton não teve uma oposição contínua, algo que acontece agora com a Red Bull e com Max Verstappen. Aparentemente, isso causa algumas reações, humanamente falando”, disse o consultor em entrevista à emissora alemã RTL.

“Foi incrível para mim que Hamilton não cedeu na primeira curva [em Ímola], ficando do lado de fora, pois estava claro que ele não poderia vencer aquele duelo. Isso mostra que Hamilton não está disposto a aceitar essa resistência. Ele se opõe a isso com grande veemência”, analisou.

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Marko ainda afirmou que a disputa pelo título que se desenha neste princípio de temporada vai trazer benefícios a todos. O ex-piloto e dirigente, que nesta semana completou 78 anos, ressaltou também que ainda está motivado a atuar em novos projetos e de brigar por vitórias pela Red Bull.

“Se eles se sentarem no carro de corrida e disputarem na curva, então não se trata de estratégia, é apenas de [uma disputa] de homem para homem. É muito bom para o público, para nós enquanto equipe: a tensão aumenta drasticamente. Enquanto estiver fisicamente e mentalmente saudável, estarei interessado em projetos. Estou motivado a agarrar algo novo. Continuamos novamente nesta estrada da vitória”, concluiu o dirigente taurino.

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