Hamilton ressalta evolução em 2020 difícil: “Aprendi muito sobre como usar minha voz”

Lewis Hamilton entende que as restrições e os desafios impostos por um ano atípico e marcado pela pandemia proporcionaram mais tempo e a oportunidade de evoluir ainda mais como pessoa e fazer a diferença

Lewis Hamilton foi um dos grandes protagonistas de 2020. Não se trata somente do campo esportivo, dominado pelo britânico de 35 anos na Fórmula 1 com a conquista do heptacampeonato mundial e também com a quebra do recorde de vitórias, algo outrora inimaginável, e que pertencia a Michael Schumacher. Hamilton foi uma das vozes mais potentes e influentes da sociedade global como um todo e levou a luta antirracista para o meio de um ambiente elitista e esbranquiçado.

O piloto saiu das redes sociais e foi às ruas de Londres protestar depois de ficar horrorizado com as cenas do assassinato de George Floyd pelo joelho de um policial branco nos Estados Unidos, bateu de frente contra a violência e a repressão policial ao homenagear Breonna Taylor no pódio do GP da Toscana e, na sequência de uma cruzada por um mundo mais sustentável e verde, criticou duramente o projeto do autódromo de Deodoro, no Rio de Janeiro, que previa a destruição da Floresta de Camboatá.

Retrospectiva 2020: Gigante dentro e fora das pistas, Hamilton vira o maior de todos na F1

Hamilton falou sobre o aprendizado obtido em um ano incrivelmente difícil para o mundo (Foto: Mercedes)

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Na visão do maior vencedor e campeão da Fórmula 1 na história, 2020 foi um ano muito difícil, sobretudo em razão da pandemia, mas que foi também trouxe muitos ensinamentos. E um dos ensinamentos foi justamente sobre como Lewis aprendeu a usar ainda mais o poder da sua voz.

“Este ano foi, provavelmente, um dos maiores em termos de crescimento para mim porque tive mais tempo. Antes ia de um lado para o outro, sempre tento me manter atualizado, mas sempre fica pendente algo sobre e-mails, conversas, documentários, o que for. Portanto, o processo de aprendizado é simplesmente diferente”, explicou Hamilton em entrevista veiculada pelo site britânico The Race.

“Neste ano tive tempo para investir no aprendizado, em tentar aprender da melhor forma possível. Quem poderia pensar que, com 35 anos, aprenderia mais do que nos últimos dez anos?”, disse.

Mesmo diante de um ano com tantas notícias negativas, Lewis tenta enxergar algum lado positivo neste 2020 prestes a se despedir.

“Foi um ano tão difícil para tanta gente e há tantas coisas negativas que aconteceu para muitos: perda de trabalho, fechamentos de empresas, pessoas morando na rua… Gosto de encarar as coisas sempre com o copo meio cheio e houve aspectos positivos que espero que possamos tirar proveito em 2021, e parte disso foi esse processo de aprendizado”, comentou.

“Não posso mudar tudo, sou apenas uma pessoa. Temos de nos unir para fazer com que as coisas aconteçam. É sobre encontrar a melhor forma, criar aliados, não criar inimigos. Acho que neste ano aprendi muito sobre como usar minha voz e entender mais maneiras eficientes de trabalhar para chegar mais longe”, concluiu.

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