Hamilton vê Mercedes com “pior carro de todos os tempos” e diz que W13 “era melhor”

Lewis Hamilton viveu um verdadeiro pesadelo ao longo de todo o fim de semana do GP de São Paulo, 21ª etapa da temporada 2024 da Fórmula 1. Na verdade, a oportunidade de ter guiado a McLaren MP4/5B de Ayrton Senna foi a única coisa que lhe agradou, como ele mesmo deixou claro. Agora, o heptacampeão voltou a tecer duras críticas sobre o desempenho do W15 em Interlagos e afirmou que o W13, carro de 2022, “era melhor” que o atual.

Depois de terminar a sprint apenas na 11ª posição, o #44 esperava ter uma melhor sorte no dia seguinte, quando tanto a classificação quanto a corrida principal foram realizadas em sequência por causa da forte chuva que caiu no autódromo e impossibilitou o cumprimento da programação prevista. No entanto, a situação foi ainda pior: Hamilton foi eliminado no Q1 da sessão que definiu o grid de largada, ficando em 16º, e terminou as 69 voltas em solo brasileiro em décimo.

“Simplesmente estávamos muito lentos. O carro estava muito, muito complicado de pilotar”, começou em entrevista à emissora britânica Sky. “Porém, quero agradecer ao pessoal da garagem porque acordaram muito cedo e ainda fizeram um excelente trabalho ao longo do fim de semana”, continuou.

Apesar de ter sofrido com o ritmo do bólido prateado, Lewis reconheceu a boa performance de George Russell, que chegou a assumir a liderança logo nos primeiros metros e só perdeu por causa da bandeira vermelha acionada após o acidente de Franco Colapinto, da Williams, na subida da Junção. No fim, o dono do #63 cruzou a linha de chegada em quarto, atrás apenas de Max Verstappen, vencedor do dia, e da dupla da Alpine, Esteban Ocon e Pierre Gasly.

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“Quanto às pessoas que trabalham na fábrica, sei que estão magoadas com a nossa situação atual, mas é verdade, também, que a equipe poderia ter vencido a corrida de alguma maneira, já que pelo menos um dos dois carros teve um desempenho melhor”, acrescentou Hamilton.

A relação do heptacampeão com o W15 em 2024 é de altos e baixos. Depois de um jejum de quase três anos sem vitórias, o britânico voltou a subir no degrau mais alto do pódio em duas oportunidades, nos GPs da Inglaterra e da Bélgica, ambos realizados em julho. Porém, foi duro ao dizer o que sentiu do carro em São Paulo.

“Era como estar sobre uma tábua de madeira, e sem suspensão. Estávamos quicando em cada curva e era impossível acelerar muito. Certamente, o carro com a pior dirigibilidade de todos os tempos, principalmente nas curvas”, bradou. Lewis ainda fez uma comparação com o W13, carro da temporada 2022, primeiro ano do regulamento do efeito-solo, que sofria com o chamado porpoising.

“Tenho certeza que em 2022 o carro quicava mais, mas, no geral, era um carro melhor que este”, afirmou.

A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.

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